Pesquisa da Ufla comprova uso do óleo de macaúba como combustível

Em Lavras, biodiesel foi testado em motores; resultado comprovou eficácia.
Óleo extraído do fruto polui menos e pode aumentar renda de agricultores.



Uma pesquisa inédita realizada por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (MG) comprova que o óleo de macaúba pode ser usado como combustível. Pela primeira vez, o óleo foi testado em motores e o resultado comprovou a eficácia do biodiesel.

O óleo é extraído da polpa do fruto da macaúba. Uma palmeira nativa do Brasil, que em Minas Gerais é encontrada em grande quantidade, um total de dois milhões de hectares. Estudos indicam que a palmeira tem potencial para produzir até oito toneladas de óleo por hectare, além de gerar tortas alimentícias para animais e biomassa para carvão vegetal. Pensando nisso, pesquisadores das áreas de engenharia e química da Ufla chegaram a um biodiesel de qualidade a partir do material extraído da planta.

"A pesquisa parte da extração do óleo, extração da amêndoa e o objetivo principal é que a gente possa desenvolver biodiesel, um combustível natural e ecológico, pra que possamos utilizar esse material biodegradável, abundante naturalmente no estado de Minas Gerais”, conta o professor da Ufla, Pedro Castro Neto.

O professor explica ainda que o biodisel extraído do fruto também polui menos a atmosfera e é uma alternativa de renda para o agricultor. Segundo estimativas, durante um ano, a produção da macaúba pode gerar R$ 60 por palmeira.

“A gente tem que pensar nisso como um negócio e aumentar a possibilidade de gerar renda. Se ele [o produtor] aumenta a renda, ele compra mais, ele produz mais, ele produz melhor e fica mais gostoso viver na roça".

Fonte: G1 Sul de Minas/EPTV