Assalto em Itajubá: Pela primeira vez, há confirmação de que roubo foi concluído

 



Segundo o MPF, foram levadas joias, além de dinheiro da agência da Caixa.

Ao apresentar a denúncia por roubo majorado, incêndio e dano qualificado a um homem que atuava como batedor no dia do assalto a uma agência bancária em Itajubá, no Sul de Minas, no mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) acabou confirmando que objetos foram levados. De acordo com o órgão, os criminosos conseguiram acesso aos cofres do banco, de onde subtraíram dinheiro e joias.

Essa é a primeira vez que um órgão ligado às investigações e das forças de segurança confirma a conclusão do roubo. À época do crime e, até o então, o discurso das polícias envolvidas é de que não era possível informar se algo foi levado. Uma das poucas informações que se tinha sobre o local é que o setor de penhor foi um dos mais atacados.

Quando procurada para comentar sobre as possíveis perdas, a Caixa Econômica Federal disse que "informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e permanece cooperando com as investigações dos órgãos competentes".

Ainda segundo o MPF, durante o roubo, os criminosos efetuaram inúmeros disparos de armas de fogo para o alto e também contra imóveis vizinhos, com o intuito de aterrorizar e intimidar eventuais testemunhas.

Na agência, foram encontrados cartuchos e cápsulas de armas de fogo, entre elas, fuzis de uso restrito e até o projétil de uma arma que só é utilizada em guerras. "Além disso, a quantidade de material explosivo instalado pelos criminosos na agência era tão grande e perigosa, que o Esquadrão Antibombas demorou mais de 17 horas para localizar, manipular e neutralizar tais artefatos", diz trecho da denúncia.

As investigações apontaram que a "minuciosa preparação para o roubo ficou evidenciada não só no material que levaram para a ação, como nos próprios veículos utilizados pelos criminosos: a maioria era de carros blindados e alguns foram modificados na estrutura e/ou nos vidros: além da retirada dos bancos, o que permitiu maior mobilidade interna e capacidade de transporte de armas, combustíveis e materiais, foram feitos orifícios nos vidros das janelas, por onde os criminosos atiravam sem a necessidade de abrir as portas ou descer dos veículos".

Fonte: O TEMPO