Medida mais restritiva do Minas Consciente deverá ser mantida até pelo menos no domingo de Páscoa; plano inclui toque de recolher e restrição do comércio.
O governo de Minas Gerais confirmou, no início da tarde desta quarta-feira (24), que todas as macrorregiões do estado permanecerão na onda roxa até o fim da Semana Santa, encerrando no domingo de Páscoa, dia 4 de abril. A decisão de estender o protocolo foi tomada durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar o avanço da pandemia no estado.
A prorrogação deve ser oficializada por meio de decreto do governador Romeu Zema, que, nesta quarta (24/3), viajou para Brasilia para reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
No dia 17 de março, a onda roxa foi estendida para os 853 municípios mineiros, com previsão de valer, inicialmente, até 31 de março. Entre as medidas restritivas estão o toque de recolher (das 20h às 5h) e a instalação de barreiras sanitárias em áreas de grande circulação.
Conforme fonte ouvida pelo Estado de Minas, um dos fundamentos do comitê para estender o prazo da onda roxa em todo território mineiro é a previsão de que nas próximas semanas deverão aumentar mais ainda as internações, em função da elevação de casos da COVID-19. Há dias que é enfrentada a superlotação dos hospitais em todas as regiões do estado.
O novo secretário de Saúde, Fábio Baccharretti, concederá entrevista ao vivo a partir de 12h30 na Cidade Administrativa, quando deverá anunciar oficialmente, a prorrogação da onda roxa em todos os 853 municípios. Ele vai abordar as medidas de combate ao coronavírus no estado.
O número de exames realizados aumentou. Esperava-se, com isso, que a positividade dos exames diminuísse. No entanto, não foi o que aconteceu. A positividade está em 45%, a maior taxa de incidência desde o início da pandemia.