Governo Federal confirma compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac

 Presidente do Instituto Butantan e secretário-executivo do Ministério da Saúde afirmaram que assinatura do contrato de compra deve ser feita na terça-feira.



 

O Ministério da Saúde deve assinar o contrato do lote adicional de 54 milhões de doses da CoronaVac na próxima semana. O acordo assinado entre o Instituto Butantan e a Pasta previa o fornecimento de 46 milhões de doses e a possibilidade de ampliar a quantidade, totalizando 100 milhões.

 

Na semana passada, o instituto enviou um ofício cobrando uma sinalização, mas o Governo Federal disse que responderia até maio. Deputados, partidos e autoridades pressionaram o ministério por um posicionamento e gestores estaduais e municipais cogitaram até mesmo comprar a vacina diretamente do Butantan.

 

O presidente do instituto, Dimas Covas, creditou a resposta da Pasta ao aumento de pressão. “Com todo esse apoio que recebemos, com as manifestações também em relação ao próprio Supremo Tribunal Federal, recebi uma comunicação da pessoa responsável pelo departamento de logística do Ministério da Saúde, avisando que o contrato será assinado na terça-feira”, afirmou.

 

O secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, confirmou a assinatura do contrato. “Atendendo a uma orientação direta do nosso ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello. Dessa forma nós estamos solicitando um cronograma à Fundação Butantan para podermos celebrar o contrato na semana que vem e também solicitando a antecipação do registro junto à Anvisa para iniciarmos a vacinação em massa na população brasileira”, pontuou.

 

O governador do Piauí, Wellington Dias, classificou a resposta do ministério como “um passo importante”. “Agora, o nosso trabalho é para garantir que na relação Brasil e China tenhamos um esforço para um cronograma de entrega. Tem a compra, agora, mês a mês, quais as datas de entrega do IFA e quais as datas de entrega das vacinas”, afirmou. O Butantan liberou 1 milhão e 800 mil doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde.

 

Deste total, cerca de 400 mil ficam em São Paulo. Na próxima semana haverá uma nova liberação e insumos da China devem desembarcar no Brasil. O secretário de Saúde do estado, Jean Gorintchteyn, disse que o Estado desistiu de usar todas as doses disponíveis para a primeira aplicação.

 

“O questionamento que foi feito ao ministério foi se nós poderíamos utilizar essas doses que foram guardadas para ampliar de forma mais séria a imunização e que o ministério desse portanto uma garantia de que naquele prazo da segunda dose nós teríamos mais vacinas. Isso não foi colocado pelo ministério, então por uma questão de segurança e respeito a todos que foram imunizados, nós mantivemos essas doses guardadas”, afirmou.

 

No dia 8 de fevereiro, o governo de São Paulo vai começar a vacinar idosos acima de 90 anos. Pessoas entre 85 e 89 anos poderão ser imunizadas a partir do dia 15 de fevereiro.

 

Fonte: Jovem Pan