Gaeco cumpre 24 mandados da "Operação Delivery" em cidades do Sul de Minas

A ação foi realizada em São Lourenço, Itanhandu, Passa Quatro e Caxambu



Na manhã desta quarta-feira, 25, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou uma operação de combate ao tráfico de drogas em quatro cidades do Sul de Minas. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão.

Chamada de ‘Operação Delivery’, a ação foi realizada em São Lourenço, Itanhandu, Passa Quatro e Caxambu. Os mandados foram cumpridos em casas, em um bar e também contra alvos que já estavam no presídio masculino de São Lourenço e no feminino de Caxambu.

Foram apreendidos durante o cumprimento desses mandados 5 kg de maconha, balanças de precisão, 600g cocaína, LSD, crack, 21 aparelhos celulares e joias que teriam sido compradas com dinheiro do tráfico.

A operação tem o nome de Delivery porque um dos traficantes era encarregado de buscar a droga na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, e depois distribuir o material pelas cidades do Sul de Minas.

“O trabalho feito por essa organização incluía o trabalho prévio de valores no dia anterior à compra dessa droga no Vale do Paraíba e o transportador vindo a Minas Gerais passava de cidade em cidade fazendo a distribuição da droga para aqueles que haviam cotizado o material“, explica o promotor Leandro Panaim.


Comando de dentro do presídio

O Gaeco suspeita que o comando para o tráfico de drogas na região saía de dentro do presídio de São Lourenço. O suspeito está ligado a uma facção criminosa do estado de São Paulo e também ordenava crimes, como homicídios.

“Nós tivemos um integrante desse grupo que, de dentro da cela, tinha acesso à telefonia celular e ele fazia compras, juntamente com outros integrantes, dessa droga em São Paulo“, completa o promotor.

O Ministério Público e o Gaeco investigaram essa organização durante seis meses. Durante esse trabalho eles flagraram uma pessoa que, durante uma visita ao presídio, estava com dois celulares no estômago, na tentativa de entregar os aparelhos aos detentos.

Além de dois promotores de justiça, participaram da operação 17 policiais militares.

Fonte: Portal Onda Sul