Contrato de teste para transporte coletivo desagrada moradores e empresa em São Lourenço

Contrato foi feito após prefeitura não renovar com empresa responsável pelo serviço na cidade.



O contrato de testes para o serviço de transporte coletivo não tem deixado ninguém satisfeito em São Lourenço (MG). Enquanto a população, contesta os serviços e a tarifa dos ônibus, a empresa responsável pelo serviço diz que também não está gostando do novo sistema.

O contrato foi feito após a prefeitura não renovar com a “Circular São Lourenço”, que era responsável pelo transporte coletivo na cidade. A empresa alegou que as condições oferecidas não eram lucrativas.

Por isso a prefeitura fez um contrato teste, de 90 dias, a partir de um estudo feito na cidade. A tarifa subiu de R$ 3,40 para R$ 3,55. Também houve mudanças no itinerário, transformando algumas linhas no sistema de baldeação, com dois ônibus em alguns trechos.

Depois das mudanças, a professora Francesca Paola Bortoni diz que piorou o serviço. "Antes era bairro a bairro, agora é bairro-centro. Diminuíram o número de linhas, diminuíram o percurso e aumentaram o valor da passagem"

"Eu tenho que ir trabalhar à pé, porque ou eu chego muito cedo ou eu chego atrasada", diz outra moradora.

Passageiros reclamam do serviço e a empresa não discorda, diz que ficou ruim pra eles também.

"Aquela noção de que tinha hora de hora, tinha ônibus de meia em meia hora. Agora não tem, agora o usuário tem que estar de posse da tabelinha de horário para poder saber utilizar o ônibus. Isso aí nem a empresa está gostando desse novo método. A gente pegou para experimentar, mas está vendo que não está dando certo", afirma Haroldo Moreira Lopes, gerente da empresa.

O presidente do Conselho Municipal de Trânsito pediu paciência à população.

"Todas essas demandas estão sendo anotadas. Inclusive a ouvidoria vai fazer um trabalho agora in loco, nos pontos, para poder pegar essas reclamações. E alguns apontamentos que forem feitos que realmente forem considerados necessários alteração vai haver novas alterações. É um período de teste mesmo", disse José Carlos Ribeiro Marques.

Fonte: G1 Sul de Minas