Na madrugada de domingo, dia 7, o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) foi acionado para comparecer na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porque naquela unidade de saúde havia dado entrada um rapaz de 22 anos, de nome José Carlos da Silva Fernandes apresentando duas perfurações provocada por objeto perfurante na altura do abdômen e uma no tórax.
Testemunhas informaram aos policiais que elas estavam em um baile funk na república Ranxera, no bairro Baunilha, próximo ao aeroporto de Lavras, quando no final do evento a vítima disse que havia sido esfaqueada, sendo socorrida por terceiros, que a colocaram em um automóvel e a levaram para a UPA.
A PM então entrou em contato com o chefe da equipe que realizou a segurança no evento e, segundo suas declarações, que constam do boletim de ocorrência da PM, ele disse que durante o baile a vítima várias vezes tentou agredir fisicamente o segurança conhecido apenas como Anderson e que diversas vezes ameaçou o segurança de morte. Foi relatado também que os dois tiveram problemas em outro evento, e que esse talvez fosse o motivo do desentendimento entre eles.
De acordo com o boletim de ocorrência, a festa realizada na república Ranxera foi denominada de "Vai dar PT", e a equipe de segurança foi contratada em acordo verbal, segundo informações do chefe da equipe. Ele contou também que após o evento, pagou as pessoas que trabalharam como segurança e, em seguida, os liberou. Ele disse aos policiais que quanto ao segurança Anderson não sabe seu endereço, apenas que ele mora no bairro Pitangui e também era segurança em uma padaria na Zona Norte.
A PM apurou e constou na elaboração do boletim de ocorrência, que o baile funk realizado na república Ranxera não tinha alvará e que o chefe da segurança contratava pessoas sem exigir curso de formação. A PM apurou também que a empresa de segurança não era registrada para exercer a função.
Estas são as informações constantes no boletim registrado pela Polícia Militar. Demais apurações ficarão a cargo da Polícia Civil em investigação aprofundada sobre o caso.
Fonte: Jornal de Lavras