Uma comerciante de Poços de Caldas (MG), que já teve a loja furtada quatro vezes, resolveu fazer um protesto diferente. Ela tirou as roupas dos manequins que ficam nas vitrines e colocou um cartaz explicando aos clientes o motivo.
"Eu dei uma explicação para os clientes do porquê dos manequins estarem sem roupas naquele momento. É a 4ª vez que nós já fomos furtados aqui na loja, neste ano foi a segunda vez já", disse a comerciante Celina Medina Vargas.
As imagens da câmera de segurança da loja mostram quando um casal se aproxima. Eles forçam o vidro, mas não conseguem abrir a vitrine. Minutos depois, eles voltam com um objeto nas mãos, empurram o vidro e roubam uma camisa.
"A hora que você vê as imagens, que nem a câmera filmou tudo certinho, você fala assim, é tudo meu e tem gente mexendo e realmente você não tem ação", completou a comerciante.
Nos nove primeiros meses deste ano, a Polícia Militar de Poços de Caldas registrou mais de 200 ocorrências de furtos e roubos a estabelecimentos comerciais só na área central de Poços de Caldas. Nem sempre as ocorrências são registradas de madrugada. Em alguns casos, a ousadia dos criminosos é bem maior e os assaltos acontecem em horário comercial com as lojas abertas.
No mês passado, uma joalheria foi assaltada pela manhã. As imagens de câmeras de segurança mostram dois assaltantes que ameaçam funcionários, chutam vitrines e roubam várias lojas. A ação durou pouco mais de um minuto. Um homem foi preso e dois menores apreendiddos. No entanto, um comerciante também foi assaltado durante a tarde. Os criminosos foram presos, mas a preocupação não passou.
"Aumentei o número de câmeras, eu já tenho monitoramento e a gente está procurando sair, fechar o caixa alguns minutos mais cedo para organizar as saídas", disse o comerciante Umberto Figueiredo dos Santos.
Apesar do receio dos comerciantes, segundo a PM, o número de furtos na área central de Poços de Caldas caiu 15% em relação ao ano passado. Mas a polícia reconhece que, durante a madrugada, não funciona o serviço da "Patrulha do Comércio".
"Na noite, esse trabalho é feito pelas equipes que trabalham no turno, no rádio patrulhamento normal, mas há também onde são feito abordagens a indivíduos suspeitos", disse o capitão da PM, Leonardo Abdala Guimarães.
Fonte: G1 Sul de Minas
