Moradores reclamam de obra que teria causado rachaduras em casas em Itajubá, MG



Moradores do bairro Jardim das Palmeiras, em Itajubá (MG), enfrentam problemas desde o início das obras de um complexo esportivo, a Vila Olímpica, que começaram em 2017. A principal reclamação é sobre o tráfego de máquinas pesadas, que teria causado rachaduras e outros danos nas casas.

Em um dos imóveis, é possível ver uma grande rachadura na parede da garagem. “Quando passa maquinário, a casa treme toda, porque não tem estrutura para aguentar uma obra tão pesada. A gente tem que conviver com umidade, com infiltração” explica o metalúrgico José Carlos Toledo.

Toda a estrutura da rua foi danificada e o asfalto agora é substituído por blocos de cimento. Com a troca, as ruas ficaram cheias de terra.

Além do tráfego de máquinas, os moradores acreditam que as rachaduras foram causadas por conta do aterro feito em um terreno embaixo das casas. A terra ficou bem perto de uma das casas e também danificou a lavanderia de uma moradora.

“Tenho medo de uma criança estar aqui aí uma parede cair em cima da criança. Aqueles azulejos na porta da cozinha se eu pegar pra lavar, ele cai”, explica a aposentada Maria Helea Andrade.

Em outro imóvel, as rachaduras apareceram nos azulejos da cozinha e os pisos estouraram. Vários moradores relataram que a estrutura das casas treme quando caminhões e máquinas passam pelo local.

A Vila Olímpica será usada para prática de várias modalidades esportivas. O fim das obras está marcado para o dia 18 de setembro, mas houve atraso por conta da rede elétrica e a data foi alterada.

Diante da situação, os moradores decidiram acionar a secretaria de Obras. A prefeitura informou que a obra é de responsabilidade de uma empresa que venceu a licitação. Portanto, a empresa é apontada como responsável pelos danos.

Em resposta aos moradores, a prefeitura informou que houve vistoria no local para verificar os danos. Caso eles sejam comprovados em laudo técnico, a prefeitura disse que a empresa deve arcar com a reparação. A empresa foi procurada pela produção da EPTV, afiliada da Rede Globo, mas não comentou o caso.