Prefeito e gabinete abrem mão de salários de janeiro em cidade Sul Mineira

Administração deve economizar pouco mais de R$ 150 mil com medida. Pagamentos serão normalizados em fevereiro sem valor retroativo.




O prefeito de Alfenas, o vice e os 16 secretários abriram mão do subsídio que receberiam pelo primeiro mês de mandato. O prefeito Luiz Antônio da Silva (PT), o Luizinho, disse que os pagamentos voltarão a ser feitos normalmente a partir de fevereiro, mas não terão efeito retroativo. Com a medida, ao menos R$ 156,5 mil devem ser economizados pela administração que assumiu em 1º de janeiro. "Foi uma decisão que tomamos entre nós, já que janeiro foi um mês para colocar a casa em dia. O trabalho mesmo começa em fevereiro, mas não vamos repor o subsídio desse mês", explicou.

Em Alfenas, o subsídio do prefeito é de R$ 20 mil, sem o desconto de impostos. Em valores brutos também, o vice-prefeito ganha R$ 13,3 mil e os secretários, incluindo controlador e procurador do município, recebem R$ 7,7 mil. Luizinho, que já ocupou as funções de prefeito e vice na cidade, diz que decisão não foi só financeira.

"É uma demonstração de boa vontade, inclusive nesse momento em que o país vive uma crise financeira. Mais que uma questão financeira, queremos mostrar que estamos fazendo nossa parte", afirmou.

Além economia com os salários no gabinete, o prefeito disse que começou um trabalho de credenciamento dos serviços de saúde da cidade para atrair novos recursos.





Prefeito de Alfenas diz que decisão de não receber 
subsídio em janeiro é 'demonstração de boa vontade' da equipe.




Em crise



Luiz Antônio Silva assumiu a prefeitura de Alfenas como vice de Pompílio Canavez na gestão 2009 e 2012 e assumiu o cargo de prefeito em 2010, quando o titular da chapa se afastou para candidatar-se a deputado estadual. O encerramento do mandato ficou marcado pelo atraso no pagamento do 13º salário dos servidores e falta de medicamentos de distribuição gratuita. À época, houve protestos em frente à prefeitura.



Nos anos seguintes, a cidade continuou enfrentando problemas financeiros, que culminaram na demissão de mais de 100 pessoas em cargos comissionados entre o final de 2014 e o início de 2015 e redução de expediente nas repartições públicas. A dificuldade em atrair investimentos para Alfenas foi apontada como principal motivo do desequilíbrio nas contas.


Fonte: G1 Sul de Minas