A fotografa conta que se aproximou para perguntar se a senhora precisava de alguma ajuda, acabou descobrindo que Tereza da Silva (nome de casada), de 90 anos, passa por necessidades, vive sozinha no Rio de Janeiro, sonha em poder reencontrar suas irmãs e voltar para sua terra natal, Cristina, municipío de Minas Gerais. Diante da situação Natália não exitou em oferecer ajuda para encontrar seus familiares, iniciando uma campanha entre amigos.
A equipe do Jornal i9 Minas adere a campanha solicitando aos leitores que ajudem a encontrar a família de Dona Teresa da Silva. Qualquer informação entre em contato com Natália Odenbreit: https://www.facebook.com/natioden?fref=nf
Leia abaixo o texto publicado no facebook da fotografa Natália Odenbreit, na íntegra:
Hoje (29/11), à caminho de casa, encontrei esta linda senhora sentada na Rua Major Ávila (Esquina com Santo Afonso)/ Tijuca e fui de encontro à ela para saber no que podia ajudar, talvez uma refeição, uma conversa. Tereza da Silva (nome de casada), de 90 anos, se apresentou e disse que precisava de remédios que eram muito caros para o coração, mas ela não havia pedido nada e nem estava quando por ali passei, contou que fica muito triste de pedir esmola, é sozinha, não tem família aqui no Rio de Janeiro, mora em Acari e pega o 665 todo dia (menos os que chovem) para ficar ali e conversar um pouco, porque segundo ela, é muito ruim ser sozinha e não ter com quem conversar.
Tereza contou que sonha em poder reencontrar suas irmãs e voltar para sua terra (Cristina, municipío de Minas Gerais), ela não sabe ler nem escrever mas disse que tem 3 irmãs. Disse que já pediu ajuda na igreja para encontrá-las para que viessem buscá-la aqui e ela pudesse ir para a fazenda em que moram. No decorrer da conversa, Dilma, técnica de enfermagem, se juntou à nós e observou que Tereza possuía alguns edemas e necessitava de cuidados, se propôs à voltar mais vezes para ajudá-la mas destacou a necessidade de cuidados médicos. Tereza disse que já havia sido atendida na UPA, que foi muito bem cuidada mas acredito que a falta de acesso aos remédios dificulte a melhora. Ao oferecermos comida, ela agradeceu e disse que não precisava, não estava com muita fome pois sua vizinha que às vezes lava suas roupas de cama deu dois biscoitos e café com leite para ela pela manhã.
Mesmo com um semblante um pouco triste e algumas lágrimas durante a conversa, Tereza disse que não perdia a fé, ao falarmos sobre o natal ela nos contou que no ano passado passou muito doente, de cama, sem comida, bebida e sem companhia mas que estava ali de pé novamente, prometemos que iriamos mais vezes conversar com ela e que esse natal seria diferente! Aos amigos da tijuca e que puderem passem por lá, batam um papo com essa linda e iluminada senhora que tanto tem à dizer, levem comida, um abraço, se algum medico puder examiná-la melhor, qualquer tipo de ajuda é válida, não só material e peço à todos que compartilhem para que consigamos chegar à família de Tereza que mora em Minas Gerais e que ela tenha a oportunidade de começar 2017 de uma maneira diferente mas que esse final de 2016 já seja mais iluminado e menos solitário.
MUITO obrigada pela atenção, qualquer informação é válida, Atualizo aqui a respeito de qualquer notícia que tivermos.
NOVAS INFORMAÇÕES: fico muito grata com a mobilização de vocês, é lindo!
Quanto ao nome das irmãs não sei se é uma boa a começar por procurar e irei ajustar na publicação, são três porém ela saiu de Cristina há muitos anos e não sei se há confusão nos nomes mas descobri o nome dos pais (já falecidos) o qual eu perguntei em momentos diferentes e ela seguiu com os mesmos:
João Custódio de Paula
Maria Auxiliadora
Ela veio assim que casou para o Rio pois o marido dela havia conseguido um emprego aqui, o casamento foi arranjado pelo pai, ele o viu pela primeira vez em uma festa da nossa senhora aparecida na cidade, a qual ela foi de charrete, pois morava um pouco distante, disse que o pai dela era bem rígido então ela não tinha contato com muitas pessoas, era a mais velha das 3 irmãs e trabalhava na fazenda mesmo em plantação, ela não lembra o nome da fazenda nem do bairro pois já fazem muitos anos, ao que me pareceu e à Dilma, técnica de enfermagem que se juntou à nós na conversa ela não tem alzheimer os lapsos de memória são devido à idade pois ela sabe ir e voltar pra casa, contou histórias com detalhes e boa reconheceu nas 3 vezes em que estivemos lá hoje.
Através dessas informações algumas pessoas me enviaram mensagens comunicando que tem quase certeza de que acharam parentes no bairro de São José/água limpa e iriam entrar em contato o mais rápido possível, assim que tivermos informações concretas, aviso.
Informações e foto do perfil facebook de Natália Odenbreit