Da criação de José Bento Junqueira de Andrade Neto, dois potros da raça Mangalarga Marchador foram atacados. Dos animais que tinham apenas uma semana de vida sobrou a carcaça. Um prejuízo estimado em mais de R$ 80 mil. "Ficamos três dias procurando e não achava a potrinha. A égua parecia que sabia que a potrinha tinha morrido", conta.
Na fazenda vizinha, o produtor rural Ailton dos Reis Silva perdeu outros três potros. "Eu cheguei de manhã a égua estava relinchando e eu achei um potro morto, outro machucado e as éguas machucadas também", relata.
O auxiliar de serviços gerais, Vanderlei dos Santos Silva, garante que já viu onça rondando a região. Ele chegou a fotografar uma onça parda e as pegadas.
"Vinha vindo a cavalo, procurando gado, e, de repente, apareceu um bicho estranho. Dei uma paradinha e vi que era uma onça. Ela parou também. Dali a pouco olhou pra frente e pra trás e seguiu. E eu a segui", recorda Silva.
Para evitar novos ataques, os produtores resolveram trocar os cavalos de pasto. A Polícia Militar de Meio Ambiente diz que a área é propícia ao aparecimento de animais selvagens e a bióloga Solange Boechat acredita que as marcas deixadas no corpo dos animais mortos correspondem às da onça parda. Para ela, a prevenção é o único meio de minimizar os prejuízos com possíveis ataques.
"Os animais devem ser conduzidos para mais próximo da casa e, se possível, trazer cães de guarda de porte grande para que possam alertar o produtor", orienta a bióloga.
Fonte: G1 Sul de Minas