Nível da represa em outubro está abaixo do registrado no mês de julho.
O período de estiagem tem feito com que o nível da Represa de Furnas comece a cair. Com a água mais baixa, antigas construções, que foram inundadas quando Furnas foi construída, estão aparecendo. Entre elas, uma ponte que ligava Boa Esperança (MG) a Campo Belo (MG) virou ponto turístico.
Os levantamentos de Furnas mostram que, do final do ano passado até julho deste ano, a represa encheu e o volume de água chegou a 765,13 metros, o que representa 77,38% da capacidade total. Mas de julho até a semana desta sexta-feira (21), o nível voltou a cair. Na última medição, o volume chegou a 761,90 metros, ou seja, mais de três metros abaixo do nível registrado no meio deste ano. Hoje, a represa está com 55% da capacidade total de armazenamento.
"Essa queda do nível do lago para esse período é normal, mas mesmo assim nós ainda estamos bem acima do que estava nesse mesmo período do ano passado", explicou Fausto Costa, secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago).
Essa situação revelou obras que estavam escondidas há muitos anos, como registrou o fotógrafo Luiz Braga. Nas andanças em buscas de boas imagens, o profissional registrou uma ponte, em 2013, que apareceu no leito do lago. Naquele ano, o nível da represa chegou a 752 metros, considerado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) o volume mínimo para o turismo e atividades como a piscicultura.
"Na época que eles construíram [a ponte], não sei se Furnas errou o cálculo na hora de construir a barragem, que a água passa a cinco metros acima do nível da ponte", disse o fotógrafo Luiz Braga, que aproveita o período de estiagem para fotografar o local.
Ainda segundo o fotógrafo, moradores mais antigos da cidade dizem que a ponte foi construída para ligar Boa Esperança até Campo Belo, mas quando a represa subiu, ela foi encoberta antes mesmo de ser inaugurada. Assim como em 2013, a ponte voltou a ser vista pelos moradores e virou local de visitação. "Como todas as coisas que aconteceram nessa represa aqui e ficaram gravadas, essa também, com certeza vai ficar gravada na memória", disse o funcionário público Afonso Cardoso.
Chuvas de outubro
As constantes chuvas deste mês de outubro não têm sido suficientes para aumentar ou manter o nível do Lago de Furnas. De acordo com o ONS, do início do mês até agora, o nível da represa baixou 88 centímetros. A explicação seria que o uso de água para gerar energia está bem maior do que a quantidade de chuva que chega ao lago.
Os dados do ONS apontam que na última quinta-feira (20) a quantidade de água que saiu da represa para gerar energia foi de 1.188 m³/s. No mesmo dia, a água que entrou no lago foi de apenas 317 m³/s. Atualmente, o nível da represa está em 761,44 metros acima do nível do mar. Já em julho, o ONS registrou , em pleno período de estiagem, um nível bem mais alto, quando a represa atingiu 764,52 metros acima do nível do mar. Em três meses, houve queda de 3,88 metros.
O levantamento feito pela Fundação Procafé mostrou que no mês de julho não houve registro de chuva, diferente do mês de outubro que marcou 120 mm de chuva, número acima da média histórica para o período.
Fonte: G1 Sul de Minas
"Na época que eles construíram [a ponte], não sei se Furnas errou o cálculo na hora de construir a barragem, que a água passa a cinco metros acima do nível da ponte", disse o fotógrafo Luiz Braga, que aproveita o período de estiagem para fotografar o local.
Ainda segundo o fotógrafo, moradores mais antigos da cidade dizem que a ponte foi construída para ligar Boa Esperança até Campo Belo, mas quando a represa subiu, ela foi encoberta antes mesmo de ser inaugurada. Assim como em 2013, a ponte voltou a ser vista pelos moradores e virou local de visitação. "Como todas as coisas que aconteceram nessa represa aqui e ficaram gravadas, essa também, com certeza vai ficar gravada na memória", disse o funcionário público Afonso Cardoso.
Chuvas de outubro
As constantes chuvas deste mês de outubro não têm sido suficientes para aumentar ou manter o nível do Lago de Furnas. De acordo com o ONS, do início do mês até agora, o nível da represa baixou 88 centímetros. A explicação seria que o uso de água para gerar energia está bem maior do que a quantidade de chuva que chega ao lago.
Os dados do ONS apontam que na última quinta-feira (20) a quantidade de água que saiu da represa para gerar energia foi de 1.188 m³/s. No mesmo dia, a água que entrou no lago foi de apenas 317 m³/s. Atualmente, o nível da represa está em 761,44 metros acima do nível do mar. Já em julho, o ONS registrou , em pleno período de estiagem, um nível bem mais alto, quando a represa atingiu 764,52 metros acima do nível do mar. Em três meses, houve queda de 3,88 metros.
O levantamento feito pela Fundação Procafé mostrou que no mês de julho não houve registro de chuva, diferente do mês de outubro que marcou 120 mm de chuva, número acima da média histórica para o período.
Fonte: G1 Sul de Minas