Medida visa diminuir o risco de acidentes com vítimas fatais.
A concessionária que administra a Rodovia Fernão Dias está estudando a possibilidade de implantar mais barreiras de proteção ao longo dos 560 KM da via. A medida visa diminuir o risco de acidentes com vítimas fatais.
A rodovia BR- 381, que liga Belo Horizonte (MG) a cidade de São Paulo (SP) e corta 33 cidades ao longo do trecho, faz parte do principal corredor rodoviário de interligação dos mais importantes polos econômicos das regiões Sudeste e Sul do Brasil e, destas, com os principais países do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Mesmo com a duplicação, em grande parte da rodovia ainda são registrados muitos acidentes frontais, principalmente nos trechos onde não há divisória com muretas de proteção. Em Campanha (MG), na tarde do último domingo (28), por exemplo, três pessoas morreram e quatro ficaram feridas. A suspeita da polícia é que um carro que seguia sentido São Paulo tenha atravessado o canteiro central e atingido uma carreta na pista contrária, sentido Belo Horizonte.
Quatro veículos se envolveram em acidente na
Rodovia Fernão Dias, em Campanha, MG(Foto: Reprodução EPTV)
"A colisão frontal é um dos piores acidentes que a gente pode ter, porque há uma somatória das velocidades. Se um [carro] está indo a 100 km/h e outro a 120 km é como se eles estivessem batendo em um ponto fixo a 220 km/h", diz o inspetor da PRF, Emerson João Soares.
De acordo com especialistas em trânsito, a implantação de barreiras para separar as pistas contrárias em uma rodovia pode salvar vidas. Ainda segundo eles, nos trechos onde elas estão presentes, o número de acidentes frontais é quase zero.
"Chega a quase zero, porque é muito difícil você ter um acidente, a não ser que seja um capotamento de altíssima velocidade pra você passar por cima de defesa metálica e colidir com um veículo que vem no sentido contrário", explica Diego Compertino.
O especialista em segurança no trânsito explica ainda que a instalação das barreiras seguem recomendações dos órgãos que regulamentam as rodovias.
"Onde houver um desnível muito grande entre a via e uma ribanceira, ou qualquer coisa nesse sentido, também tem a proteção pra evitar que os veículos se desloquem para essa situação de perigo, além postes ou objetos fixos que podem agravar uma situação de acidente com impacto", conta Compertino.
Caso haja a instalação de mais muretas, ainda não há uma data para o início das obras.
Fonte: G1 Sul de Minas/EPTV