A Rolinha-do-planalto foi observada pela última vez em 1941, mas em maio foi avistada na região do Cerrado em Minas Gerais pelo ornitólogo Rafael Bessa.
Uma das espécies de aves brasileiras mais interessantes e que era considerada extinta há 75 anos foi redescoberta agora pelo ornitólogo Rafael Bessa, que entrou em contato com o Observatório de Aves do Instituto Butantan.
Agora, estudos tentam mapear necessidades e hábitos da espécie para que ela não volte a correr o risco de desaparecimento. Butantan e ornitólogos desenvolvem um trabalho que inclui expdições a sítios com geografia e características similares onde 12 espécies de rolinha já foram avistadas. Os locais estão sendo monitorados por imagens de satélite associadas a uma técnica chamada modelagem ecológica, em que um software indica áreas com características ambientais semelhantes a das áreas onde os pássaros são avistados.
Os trabalhos estão sendo conduzidos por Rafael Bessa; Luciano Lima, pesquisador do Observatório de Aves do Instituto Butantan; Wagner Nogueira, Marco Rego e Glaucia Del-Rio, associados ao Museu de História Natural da Universidade Estadual de Lousiana (EUA); e contam com o apoio do Instituto Butantan da Save Brasil, representante no país da BirdLIfe International.
Luciano Lima conta que o anúncio da redescoberta aconteceu na terceira semana deste mês em São Paulo durante o Avistar, encontro brasileiro de observação de aves, que já está na sua 11ª edição e que reúne nomes não só do Brasil como do mundo inteiro e que este ano teve uma participação bem grande de convidados internacionais.
"A Rolinha-do-planalto é o que a gente chama de espécie bandeira, como o mico leão dourado, o panda, a baleia azul que têm uma bandeira muito grande de engajar o público em geral para a causa da conservação e da preservação da natureza. Ao ver uma foto ou o bicho não tem como não ficar encantado."
Segundo Lima, essa é uma espécie bem enigmática, e só agora os estudiosos estão começando a entender um pouco mais sobre ela.
"Depois de tanto tempo sem registro na natureza ela chegou a ser considerada extinta. Como ela é uma ave bastante enigmática, só agora a gente está entendendo o que ela precisa para continuar a viver. Essa é uma espécie emblemática e didática sob vários aspectos. Quando a gente fala que a Rolinha-do-planalto é uma espécie do Cerrado brasileiro, as pessoas acham que ela ocorre em toda a região do Cerrado. E aí elas falam: 'Se ela está no Cerrado inteiro, que problema tem se a gente desmatar só um pouquinho para plantar soja?'"
O pesquisador do Instituto Butantan observa, porém, que quando um animal está associado a um domínio como o Cerrado, a Mata Atlântica, além dos animais terem uma distribuição bem restrita dentro desse domínio, eles estão ligados a ambientes específicos, e o ambiente da Rolinha-do-planalto é um deles.
"A raridade do animal está atrelada à raridade também do ambiente, o que a torna ainda mais ameaçada."
Uma das espécies de aves brasileiras mais interessantes e que era considerada extinta há 75 anos foi redescoberta agora pelo ornitólogo Rafael Bessa, que entrou em contato com o Observatório de Aves do Instituto Butantan.
Agora, estudos tentam mapear necessidades e hábitos da espécie para que ela não volte a correr o risco de desaparecimento. Butantan e ornitólogos desenvolvem um trabalho que inclui expdições a sítios com geografia e características similares onde 12 espécies de rolinha já foram avistadas. Os locais estão sendo monitorados por imagens de satélite associadas a uma técnica chamada modelagem ecológica, em que um software indica áreas com características ambientais semelhantes a das áreas onde os pássaros são avistados.
Os trabalhos estão sendo conduzidos por Rafael Bessa; Luciano Lima, pesquisador do Observatório de Aves do Instituto Butantan; Wagner Nogueira, Marco Rego e Glaucia Del-Rio, associados ao Museu de História Natural da Universidade Estadual de Lousiana (EUA); e contam com o apoio do Instituto Butantan da Save Brasil, representante no país da BirdLIfe International.
Luciano Lima conta que o anúncio da redescoberta aconteceu na terceira semana deste mês em São Paulo durante o Avistar, encontro brasileiro de observação de aves, que já está na sua 11ª edição e que reúne nomes não só do Brasil como do mundo inteiro e que este ano teve uma participação bem grande de convidados internacionais.
"A Rolinha-do-planalto é o que a gente chama de espécie bandeira, como o mico leão dourado, o panda, a baleia azul que têm uma bandeira muito grande de engajar o público em geral para a causa da conservação e da preservação da natureza. Ao ver uma foto ou o bicho não tem como não ficar encantado."
Segundo Lima, essa é uma espécie bem enigmática, e só agora os estudiosos estão começando a entender um pouco mais sobre ela.
"Depois de tanto tempo sem registro na natureza ela chegou a ser considerada extinta. Como ela é uma ave bastante enigmática, só agora a gente está entendendo o que ela precisa para continuar a viver. Essa é uma espécie emblemática e didática sob vários aspectos. Quando a gente fala que a Rolinha-do-planalto é uma espécie do Cerrado brasileiro, as pessoas acham que ela ocorre em toda a região do Cerrado. E aí elas falam: 'Se ela está no Cerrado inteiro, que problema tem se a gente desmatar só um pouquinho para plantar soja?'"
O pesquisador do Instituto Butantan observa, porém, que quando um animal está associado a um domínio como o Cerrado, a Mata Atlântica, além dos animais terem uma distribuição bem restrita dentro desse domínio, eles estão ligados a ambientes específicos, e o ambiente da Rolinha-do-planalto é um deles.
"A raridade do animal está atrelada à raridade também do ambiente, o que a torna ainda mais ameaçada."
Fonte: Sputnik