A Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) entrou como parceira do projeto para fornecer dados estatísticos. “Sempre que detectamos uma, duas ou três denúncias referentes a um mesmo PM, nós já acionamos a Corregedoria. Os nossos dados estatísticos ajudam bastante nessa apuração e, de forma inequívoca, colaboram com Sistema de Alarme Prévio”, explicou o ouvidor de Polícia da OGE, Paulo Alkmim.
De acordo com o corregedor da PM, coronel Alexandre Antônio Alves, o projeto-piloto está em funcionamento em dois batalhões: o 34º, em Caiçara, e o 48º, em Ibirité. De setembro de 2015 até o começo de maio deste ano, foram mais de 40 alertas. “É mais no sentido de prevenir, chamar atenção para o militar que está tendo problema”, afirma.
“Esse sistema junta tanto envolvimento em registros de ocorrência quanto apurações em determinados tipos de desvio de conduta. Quando ocorre esse tipo de fato, o sistema emite um alerta para o chefe desse militar e vai fazer com que esse comandante analise a situação e verifique qual a providência administrativa em amparo àquele policial. É para detectarmos se ele (o PM) está com algum problema e tentarmos, por meio do comandante direto, evitar que possa cometer fatos mais graves do que os detectados”, explica o corregedor.
Segundo ele, a previsão é que em três meses os testes do projeto-piloto sejam finalizados para saber se há condições de operar em todo o estado. Em Minas Gerais, são 63 batalhões e outras unidades menores, chegando a cerca de 120.
O coronel ressalta a importância da parceria com a OGE. “A Ouvidoria é sempre uma parceira e tem interesse em que as reclamações diminuam. Como é um projeto preventivo que visa ao bem-estar do militar, visa também à diminuição dessas reclamações. O militar estará bem orientado e, portanto, haverá menos reclamações na Ouvidoria”, complementa o corregedor.
Fonte: Agência Minas