Hospital disse ter economizado R$ 5 mil com mão de obra após parceria.
Para conseguir a remissão de pena, ocupar o tempo e ajudar quem precisa, os detentos do Presídio de Andradas (MG) estão trabalhando na manutenção e reforma do hospital da Santa Casa da cidade. Para a administração do hospital, esta é uma forma de economizar. Para os detentos, é um jeito de conseguir um emprego quando terminarem de cumprir as penas.
Um dos detentos que atua na construção é Paulo César de Carvalho. Para ele, esta é uma nova rotina, mas nem tão diferente da que tinha antes de ser preso, há 6 anos. Ele já era pedreiro e espera que, com o trabalho, consiga uma chance no mercado quando deixar o presídio. “Eu gosto muito de trabalhar como pedreiro. Tive uma vida toda trabalhando nessa profissão. Infelizmente aconteceu a fatalidade que me trouxe para cá, mas o negócio é voltar para a sociedade trabalhando”, disse.
Para o diretor geral do presídio, Douglas Fernando Cussolim Pelagaldi, essa é também uma chance que os detentos tem de se manterem em atividade, além da diminuição da pena. “Os presos que trabalham conseguem a remissão de 1 dia da pena para cada três trabalhado”, explicou.
Com a mão de obra dos presos, tetos e paredes mofadas do hospital também vão ganhar uma nova pintura. Com a atividade, a direção conseguiu economizar pelo menos R$ 5 mil em mão de obra.
“É bom pra eles e pra gente também eles estarem ajudando. Um deles até falou que a família dele faz uso do pronto-atendimento e que ele gostou muito de ajudar e pretendemos que eles nos ajudem em mais coisas aqui no hospital”, disse a responsável técnica do pronto-socorro, Leila Cristina Cândido da Silva.
Por isso, o projeto da Secretaria Estadual de Defesa Social deve continuar em Andradas. Com essa chance, o detento Gerson Gianinni, que está prestes a terminar a pena, vê novas oportunidades. “Agora eu vou pensar antes de fazer, três vezes, cinco vezes, eu tô aqui preso e vejo as pessoas soltas, é diferente. Seu eu fizer algo errado, sei as consequências, que só vemos quando estamos sofrendo. ”, disse.
Fonte: G1 Sul de Minas/EPTV