Falta de verbas deixa sete cidades do Sul de Minas sem carnaval neste ano

Entre elas está Cássia, que possui uma das festas mais tradicionais.
Em São Tomás do Aquino, festa vai sair da praça e vai para clube.

Sete cidades do Sul de Minas anunciaram esta semana que não vão ter carnaval de rua por falta de verba. É o caso de Cássia (MG), São Tomás de Aquino (MG), São João Batista do Glória(MG), Alpinópolis (MG), Fortaleza de Minas (MG), Passos (MG) e Lavras (MG).A falta de recursos fará com que em Cássia, por exemplo, cerca de 15 mil pessoas deixem de se divertir todos os dias na festa popular. O carnaval da cidade é um dos mais tradicionais do Sul de Minas. O anúncio do cancelamento aconteceu nesta semana e pegou muita gente de surpresa.

"Eu sei que a população gosta, a gente também gosta, mas infelizmente por falta de recursos financeiros, por falta de repasse do governo federal, a gente resolveu cancelar o carnaval com medo de às vezes no futuro afetar alguma área mais prioritária do que festa", disse o prefeito de Cássia, Remolo Carvalho Pinto.

Em São Tomás de Aquino, a situação é a mesma. Segundo a Secretaria de Cultura, a cidade tem outras prioridades.

"A gente economiza sim, porque há despesas. Ai a gente tem que ver a questão da saúde, da educação, da infraestrutura, então há outras prioridades", disse a secretária de cultura Célia de Fátima Cássia Giraldelli.
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Carnaval de Cássia, um dos mais tradicionais do Sul de Minas, foi cancelado neste ano (Foto: Reprodução EPTV)Carnaval de Cássia, um dos mais tradicionais do Sul de Minas, foi cancelado neste ano (Foto: Reprodução EPTV)


No entanto, mesmo lamentando o cancelamento da folia, o organizador de um dos blocos diz que não vai deixar a cidade sem festa. O carnaval agora vai acontecer em um clube da cidade e o pacote para os quatro dias vai custar R$ 70.

"Nós estamos numa mobilização de blocos, começamos a unir os blocos, estamos trabalhando em conjunto, procurando um bem comum pra cidade, pra cultura carnavalesca de Cássia", disse o organizador do Bloco Capivara, Diego Borges.

Fonte: G1 Sul de Minas