Morre jovem baleado por advogado após discussão por app em Varginha
Foi confirmada na tarde desta sexta-feira (25) a morte cerebral de Jhonatan Cândido Bernardes Bueno, de 24 anos, que foi baleado no olho por um amigo após uma discussão por um aplicativo de mensagens. Segundo o médico do Hospital Bom Pastor, Rogério Maiolini, a família deverá decidir agora pela doação ou não dos órgãos.
O autor dos disparos, Clauber Antônio Correa Cardoso, de 34 anos, se apresentou à polícia e prestou depoimento, mas foi liberado porque é réu primário e se entregou espontaneamente. O advogado ainda precisa entregar a arma utilizada no crime para os policiais.
Pai acredita em premeditação
O pai de Jhonatan Cândido Bernardes Bueno disse acreditar que a ação tenha sido premeditada. Segundo Israel Bernardes Bueno, toda a família está assustada com o que aconteceu.”Eu fiquei transtornado, porque tomar um tiro na cabeça… a pessoa mirou na cabeça dele à queima-roupa para atirar”, conta.
Ele acredita que a ação tenha sido premedita, já que o advogado saiu de casa já com a arma em mãos. “Ele [Jhonatan] passou na casa da namorada, pegou a namorada dele, [ela] foi junto com ele dentro do carro, parou na porta da casa e chamou ele. Hora que ele [Cláuber] saiu, já saiu com a arma na mão. Então ele já saiu premeditado pra matar meu filho”, afirma.
Discussão por app e crime
De acordo com a Polícia Militar, o advogado e um homem de 24 anos eram amigos e discutiram após uma brincadeira em um aplicativo de mensagens instantâneas por celular. Após o desentendimento, o homem se dirigiu à casa do advogado para continuar a discussão e então foi baleado no olho.
Segundo a Polícia Militar, Cardoso, que se disse arrependido dos disparos, não tinha porte de arma. O advogado vai responder o processo em liberdade. Para a polícia, o advogado disse que agiu sem pensar e estava arrependido do que fez. Segundo o delegado reponsável pelo caso, os celulares das vítimas já foram pedidos para que as mensagens que motivaram a briga possam ser analisadas.
Conforme a PM, ele já tinha uma passagem pela polícia por agressão em 2007. Jhonatan Cândido Bernardes também tem passagens pela polícia por ocorrências como lesão corporal, desobediência e desacato à autoridade.
Fonte: G1 Sul de Minas