Cenas cada vez mais frequentes: adolescentes tomando bebida alcóolica livremente. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, feita pelo Ministério da Saúde, mostram que mais de 66% dos adolescentes entre 13 e 15 anos já experimentaram bebida alcoólica. E quase 22% ficaram bêbados pelo menos uma vez.
O projeto também pune com o mesmo rigor quem servir, entregar ou der bebida a menores.
Hoje, a venda de bebida alcóolica a menores é considerada apenas uma contravenção penal e dificilmente leva o infrator para a cadeia, já que prevê detenção de dois meses a um ano.
O projeto já foi aprovado pelo Senado. O relator na Câmara, deputado Paulo Abi-Ackel disse que ele tem por objetivo preservar a saúde dos jovens.
“É preciso que haja uma legislação restritiva, punitiva, para aquele vendedor que consciente do que está fazendo, por pouco, por pequeno valor monetário, promove a venda de uma substância que é prejudicial às crianças e adolescentes, e que não ajuda em nada a educação das famílias brasileiras, que é o álcool para crianças e adolescentes.”, disse o deputado Paulo Abi-Akel, do PSDB-MG.
Além de uma questão de saúde pública, o consumo descontrolado de álcool tem consequências policiais: violência contra crianças, mulheres e idosos. “O aumento do consumo de bebidas tem impacto pesado na sociedade. O governo não dá sequer a devida guarida aos que já estão no estágio da doença”, disse Macris.
Na avaliação de Domingos Sávio (PSDB-MG), é inaceitável assistir passivamente à destruição da vida de jovens por conta do álcool. “Perdemos jovens precocemente para o vício. Hoje, ir para a balada é sinônimo de se embebedar. É uma triste realidade”, disse. Segundo ele, tratar a venda de bebidas a crianças como contravenção gerava certa tolerância. Encarar como crime é proteger a juventude, afirmou o tucano.
A aprovação da matéria é um passo decisivo em direção à melhoria da saúde e da educação, acredita o deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). “Temos a expectativa de que possamos ter políticas inibidoras de todo e qualquer motivo que possa contribuir para o excesso da criminalidade na sociedade brasileira”, completou.
O projeto ainda precisa da assinatura da presidente para virar lei.
Como informações do portal do PSDB na Câmara e do G1