Rede Giroforte: em suas lojas vendas não caíram
Um estudo realizado pela Kantar Wordpanel e divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados aponta que as visitas das famílias nos pontos de venda caíram 10,5% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Em nota, a Abras ressaltou que a mudança de comportamento das famílias está ligada à alta da inflação e as expectativas de piora no cenário econômico brasileiro.
Ainda de acordo com a pesquisa, o número de idas às compras das classes mais baixas, fator de grande parte do crescimento do consumo no País nos últimos anos, foi a que mais caiu em 2014. No primeiro semestre deste ano os consumidores da classe C fizeram seis visitas a menos aos supermercados e os das classes A e B fizeram três a menos. “De fato, o rumor de piora na economia do Brasil está deixando as famílias com um pé atrás. O consumo da classe C foi um impulso para os supermercados. Ávidos por novidades, a classe média garantiu, nos últimos cinco anos, desenvolvimento muito grande do varejo no País. E agora, esse cenário mudou”, comenta Bruno Dixini Carvalho, presidente da Rede Giroforte, rede supermercadista com sede em Três Pontas, sul de Minas Gerais. O cenário acima é um reflexo nacional. Mas na Rede Giroforte, que possuí possui 17 lojas e 13 associados na região Sul Mineira, as vendas não caíram, mas também não aumentaram, de acordo com Carvalho.
Soma-se à inflação, a questão política, ainda incerta. As eleições deste ano estão confusas e não se pode arriscar por um ou outro nome como certo para ocupar a presidência do País. A duas semanas das eleições, muitos eleitores ainda não sabem em quem votar. Se, por um lado, as classes mais baixas tendem a votar em Dilma por conta dos programas sociais, como o Bolsa Família e o Bolsa Escola, por outro lado, os frequentes casos de corrupção e a economia em baixa fazem as pessoas a pensarem em uma alternativa. “Somente depois das eleições, com a definição do presidente, é que as pessoas irão analisar melhor o que pode acontecer. Toda essa conjuntura está deixando a população brasileira ressabiada. Vamos ter que aguardar para ver o que irá acontecer. Até lá, teremos que encontrar alternativas para que as vendas nos supermercados não caiam, e os clientes aumentem sua visitação e compra no varejo”, completa Carvalho.
Eliana Sonja