As vítimas são do Maranhão, Bahia e norte de Minas Gerais.
Uma operação do Ministério do Trabalho e Previdência resgatou 33 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Jacuí, no Sul de Minas. Todos os resgatados são homens, que trabalhavam em Perobas, na zona rural, vindos do Maranhão, Bahia e do Norte de Minas.
Segundo o MTP, a fiscalização teve início em 13 de setembro contra uma empresa encarregada pelo corte de madeira em uma floresta.
Os empregados foram acomodados em hotéis de São Sebastião do Paraíso, Sudoeste de Minas. As rescisões dos contratos e a emissão das guias de seguro-desemprego foram concluídas na quarta-feira (21/9).
As verbas rescisórias e pagamentos de salários atrasados somaram R$ 385 mil. Os trabalhadores receberão três parcelas de seguro-desemprego de um salário mínimo cada uma.
Insalubridade
Segundo o MTP, nas frentes de trabalho não haviam instalações sanitárias e abrigo para refeição. Não havia fornecimento ou reposição de água potável pelo empregador. Os trabalhadores precisavam buscar água em um pequeno córrego nas proximidades do local.
Ainda de acordo com o MTP, não foram apresentados certificados de capacitação para operação das motosserras. Faltaram também comprovação de regular fornecimento de EPI (equipamentos de proteção individual) e demonstração do gerenciamento dos riscos por parte do empregador, sendo verificados acidentes de trabalho.
O Ministério do Trabalho informou que os trabalhadores já estavam começando a sofrer com falta de alimentos nos alojamentos. Havia trabalhadores sem a formalização dos contratos de trabalho e com salários atrasados. A remuneração registrada também não correspondia com o valor pago pelos empregadores.
Os trabalhadores estavam alojados em casas alugadas pelo empregador e, em alguns casos, pelos próprios empregados. De acordo com o MTP, os locais não apresentavam condições de habitabilidade, conforto, segurança ou higiene.
Fonte: Estado de Minas