Médico é investigado por crime sexual em cidade sul-mineira

 



O profissional, de 56 anos, já era investigado por crime semelhante praticado contra outras três mulheres em 2021; Justiça recusou pedido de prisão preventiva.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e consultório particular de um médico de 56 anos da cidade de Alfenas, no Sul de Minas Gerais, nesta segunda-feira (15). A instituição apura uma denúncia de violação sexual mediante fraude contra uma paciente do profissional, crime que tem pena prevista de 2 a 6 anos de prisão.

A investigação teve início na última quinta-feira (11), depois que a vítima, uma mulher de 33 anos, procurou a polícia para denunciar o crime, que não teve detalhes divulgados. Em entrevista à reportagem de O Tempo, a delegada Rafaela Santos Franco, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), contou que o médico atua em um grande hospital da cidade, mas o crime teria ocorrido em sua clínica particular.

"Os mandados foram cumpridos com o objetivo de buscar elementos de informação, principalmente aparelhos eletrônicos que serão periciados e poderão contribuir para a apuração do ocorrido. Representamos pela prisão preventiva dele, os promotores foram favoráveis, mas a Justiça não acatou o pedido", detalhou a policial que está à frente da investigação.

Médico já foi investigado por crimes parecidos

Ainda de acordo com a delegada Rafaela, esta não é a primeira vez que pacientes do médico procuram a delegacia. "Ele já foi investigado em 2021, quando teria praticado três fatos parecidos com ste. O MPMG já ofereceu denúncia e, agora, ele responde na Justiça", detalhou a policial.

Ela aproveita para fazer um apelo para as mulheres que sofrem este e outros tipos de violência. "As pessoas têm medo de denunciar, mas a delegacia está à disposição e incentiva qualquer vítima de crimes de natureza sexual que venham até aqui e denunciem. Garantimos que iremos investigar os fatos com o maior sigilo", pede Rafaela.

A denúncia pode ser feita pelo Disque 181, de forma sigilosa, ou pessoalmente na Deam de Alfenas.

Em contato com a defesa do médico, a informação é de que só haverá manifestação quando tiver acesso ao processo.

Fonte: O Tempo