Covid-19: Variante Delta é identificada em Lavras pela primeira vez

 



Amostras de genomas de pacientes positivos residentes em Lavras foram analisadas pela Nupeb/Ufla, que identificou a variante Delta pela primeira vez.


O Núcleo de Pesquisa Biomédica do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Lavras (Nupeb/Ufla), informou neste domingo (5/9) a detecção de três variantes da COVID-19 em residentes de Lavras, uma sendo a variante Delta do Sars-Cov-2 (AY.4), identificada pela primeira vez no município.

O Nupeb/Ufla informou que houve o sequenciamento de 10 amostras de genomas procedentes de pacientes positivos residentes em Lavras. “Após sequenciamento foi possível identificar três variantes, sendo uma amostra classificada como AY.4, sete amostras classificadas como P.1 e duas amostras de B.1.1.”, disse o informativo.

“Cumpre-nos informar que dentre as variantes identificadas está presente a sublinhagem da variante Delta do Sars-CoV-2 (AY.4). Detectada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, a Variante Delta é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma variante de procupação por ser mais transmissível do que as anteriores (Alfa, Beta e Gama), que faz mais contagiosa do que a cepa original”, informou a nota, assinada pelos médicos Joziana Muniz de Paiva Barçante, José Cherem e Victor Saltler Pylro.

Mais detalhes sobre a localização do paciente por região da cidade não foram informados pelos responsáveis porque todos os demais dados são de responsabilidade da vigilância epidemiológica de Lavras e da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG).



Variante Delta em Minas

A variante Delta, alerta os infectologistas, é mais transmissível e com sete mutações ela já está presente em quase todas as regiões de Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), da última sexta feira (3/9), mostram que 236 amostras genotipadas identificaram essa variante.

Com a quarta maior população do estado, Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, concentra o maior número de notificações. Logo, o município registra 38 ocorrências. Na vice-liderança está Belo Horizonte, que subiu de 13 para 24 registros.

Na sequência aparecem Itabirito (Central) e Unaí (Alto Paranaíba), com 12 diagnósticos cada.

Entre as macrorregiões de saúde de Minas Gerais, a liderança é da Sudeste com 103 diagnósticos. Depois aparecem Centro (64), Noroeste (17) e Norte (11).

O monitoramento das variantes em circulação no estado é feito pela SES-MG por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Fonte: Estado de Minas