Aumento represado no preço dos remédios assusta consumidores

 


Maiores reajuste são para medicamentos que têm maior competição entre as marcas; conforme a disputa de mercado diminui, porcentagem cai de 10% para 6%.

Desde o dia 1º de abril houve um aumento no preço dos medicamentos na média de 10%. Isso porque foi aprovada uma resolução que definia os ajustes nos preços dos produtos farmacêuticos para o ano de 2021. Os maiores aumentos serão para remédios que têm maior competição entre as marcas.

Conforme a disputa de mercado diminui, o reajuste cai para 6%. O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, explica que o aumento depende de cada medicamento e é sempre bom pedir pro medico mais de uma opção.

“Quando a gente olha em dólar, todos os produtos, uma grande parte deles, derivativos deles, são todo amarrados em dólar. E a gente tem aí uma pressão de valores subindo a cada dia. A média pode se dar em 10%, mas não necessariamente. Temos uns de 15%, outros um pouco menos. O importante é a gente saber o que necessita, o que a gente precisa realmente, né?”

O groomer especialista Daniel Pessoa, de 32 anos, geralmente compra remédio pra gripe e nesse mês vai levar menos que o normal. “O Sinegripe, por exemplo, a gente comprava e aumentou uns R$ 4 ou R$ 5. Uma boa diferença, viu. A gente costuma pegar mais, pegar remédio para dor de cabeça, Dipirona, com diferença de R$ 1 ou R$ 2. Mas Sinegripe é bastante, tem que ter direto em casa por conta da sinusite e das dores de cabeça.”

Já o corretor de imóveis Décio Martins não reparou no aumento do preço porque ele compra os medicamentos para o pai dele e recebe desconto da Prevent Senior. “Ele usa muito para a cabeça, ele tá com idade, né? Eu tenho uma pancada de remédios que eu compro, quase sócio da farmácia já. Como eu compro muita medicação para o meu pai, então a gente consegue um preço até bem acessível.” O reajuste no setor geralmente acontece em abril. Porém, no ano passado, foi adiado para junho por conta da pandemia de Covid-19.

Fonte: Jovem Pan