Censo não vai ocorrer em 2021, diz secretário do governo federal

 Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues disse que não há previsão orçamentária




O Censo Demográfico, previsto para este ano, não deve ocorrer 2021. A informação é do G1, que cita o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Segundo ele, não há recursos previstos no Orçamento de 2021 para a pequisa. "Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto ele não se realizará em 2021", disse.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia informado, em março, que o corte de verbas iria inviabilizar a pesquisa e suspendeu provas previstas para o concurso de recenseador.

A pesquisa seria feita em 2020, mas foi adiada por causa da pandemia.

 

Consequências

Perda de qualidade das políticas sociais, redução na distribuição de recursos para os municípios e descompasso nas pesquisas regulares de emprego e renda são algumas das consequências de um novo adiamento do Censo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), devido ao corte de orçamento, afirmam especialistas.

Entre os problemas causados pelo atraso está a distribuição de recursos públicos, já que o volume transferido nas cotas dos fundos de participação estaduais e municipais tem por base o número de habitantes de cada local.

Em meio à disputa por mais verbas e após o anúncio de que o orçamento para pesquisa seria cortado, a então presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo em março. Na semana passada, o governo anunciou o demógrafo Eduardo Rios Neto como novo presidente da instituição.

Pelos dados da pesquisa, também se desenha um perfil dos brasileiros, o que permite dimensionar a necessidade de políticas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família. A partir da atualização desses dados, o programa pode ser reformulado, acompanhando as mudanças no perfil da população.

Em março, um grupo de ex-presidentes do IBGE assinou uma carta aberta em que defendiam a realização da pesquisa, que deveria ser feita "por uma combinação de coletas de dados nos domicílios e de forma virtual e por telefone", diz o documento, assinado por Edmar Bacha e Simon Schwartzman, entre outros.

"Como a última pesquisa é de 2010, quanto mais a gente se afasta do ano em que foi feito o Censo, mais incerta é essa conta", diz Schwartzman.

Fonte: O TEMPO