Pouso Alegre registra mais seis óbitos e tem novo recorde de internações por Covid

 A ocupação hospitalar chegou ao seu maior nível, com todas as alas operando acima de 100%.



Pouso Alegre registrou mais seis óbitos atribuídos à Covid-19 e chegou a um novo recorde de internações pela doença, com 194 pacientes em leitos clínicos e de UTI. Dessas internações 145 são da cidade e 49 de outros municípios.

Além disso, em 48 horas, a cidade registrou 184 novas infecções causadas pela doença, chegando ao total acumulado de 10.493 casos. Destes, o município considera que 8.661 pessoas estão recuperadas e 1.679 seguem em acompanhamento. O acumulado de mortes que teriam sido provocadas pela Covid-19 é de 153.

Os dados constam em boletim epidemiológico divulgado na manhã de hoje, 29, mas são referentes a sábado, 27. O último boletim divulgado, até então, se referia a quinta-feira, 25. Os dados de sexta-feira, portanto, não foram divulgados quebrando a série histórica semanal, já que, anteriormente, a prefeitura divulgava dados de segunda a sexta-feira.

A assessoria de comunicação da Prefeitura não soube informar o motivo da mudança, que ocorreu justamente na semana em que a cidade vinha registrando o maior número de óbitos, 20, e de novos casos, 1.241, mesmo sem os dados de sexta-feira.

A ocupação hospitalar chegou ao seu maior nível, todas as alas operam acima de 100%. Nos leitos clínicos, há 122 pacientes para 92 vagas disponíveis, uma ocupação relativa de 132%. Nas UTIs, a relação é de 72 pacientes para 57 vagas, com ocupação relativa de 126%.

De acordo com o município, os pacientes excedentes são encaminhados para alas não reservadas previamente para a Covid-19, o que impacta no atendimento de outras enfermidades.

Neste domingo, os diretores de três hospitais Samuel Libânio (HCSL), Santa Paula e Renascentista, que atendem pacientes com Covid-19 na cidade, gravaram um vídeo, ao lado do prefeito Rafael Simões (DEM) e da secretária de Saúde Silvia Regina, alertando que a capacidade de atendimentos dessas unidades de saúde atingiu seu limita.

Eles apontaram a exaustam das equipes médicas, a escassez de medicamentos para intubação e a dificuldade de renovar os estoques de oxigênio, que torna incerto o atendimento para casos graves da doença.




Fonte: Rede Moinho