"Eu sempre soube que ele estava vivo", diz filho que ficou 27 anos sem ver o pai

“A distância esfriou o sentimento, cheguei a ter medo de não ser aceito por ele. Ele é meu pai e estamos reconstruindo a nossa relação”, disse o filho.




Aos 10 anos, Girlei Barroso, de 37 anos, viu o pai sair de Belo Horizonte para trabalhar e não voltar. A espera durou 27 anos e o reencontro só foi possível após ajuda da Polícia Civil, que encontrou Geraldo Barroso, de 61 anos, na cidade de São Bento Abade, no Sul de Minas, em janeiro deste ano.

“Meu pai foi encontrado em uma casa na beira da estrada, sem água e luz. Quando ele foi para o Mato Grosso trabalhar, eu tinha um amor muito forte por ele. Mesmo as pessoas falando que ele podia ter morrido, eu nunca desisti deste encontro. Eu sempre soube que ele estava vivo”, disse Girlei ao G1.

Quando a polícia localizou o pai, Girlei pegou um ônibus e foi até ele. No dia seguinte, uma irmã de Geraldo foi até o Sul de Minas rever o irmão e pedir para ele ir morar com ela.

Geraldo, que tem outros três filhos, chegou a vir para a capital mineira, mas após 40 dias voltou para São Bento Abade.

“A distância esfriou o sentimento, cheguei a ter medo de não ser aceito por ele. Por causa da pandemia não estamos viajando, mas nos falamos sempre. Ele é meu pai e estamos reconstruindo a nossa relação”, disse Girlei.

O encontro de famílias é realizado pela Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida da PC. Quem tem interesse de encontrar uma pessoa desaparecida pode ir até a Avenida Brasil, 464, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte.

Fonte: G1