Atirador esportivo se passa por investigador da polícia e é preso no Sul/MG

Se fingindo de policial, ele abordou duas pessoas de forma truculenta, apontando arma e determinando que as vítimas abrissem o porta malas do carro.



A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), prendeu nessa sexta-feira (25), em Lavras, um homem de 40 anos, suspeito de se passar por investigador.

Ele é servidor público e atirador esportivo, porém, ao fingir ser policial civil, o criminoso realizava até abordagens na rua e buscas em veículos.

Segundo o delegado Rafael José Afonso Arruda, quem coordena as investigações, o homem possuía autorização para a prática de tiro esportivo e, consequentemente, autorização para portar armas somente no percurso de casa até o clube de tiro.

“Ele não poderia portar armas indiscriminadamente. Recebemos a informação que ele estaria se passando por policial armado, realizando abordagens às pessoas e até buscas nos carros. No último dia 20, ele abordou duas pessoas de forma truculenta, apontando arma, determinando que as vítimas abrissem o porta malas do carro”, explicou.

Ainda de acordo com Arruda, para parecer verdade, o suspeito mostrava uma identidade funcional de perito judicial.

“O suspeito pode ter usado esse documento para enganar as vítimas, se passando por investigador de Polícia Civil. As vítimas procuraram a delegacia, e ao verem a fotografia do suspeito, o reconheceram imediatamente”, contou.

Durante uma operação da PCMG na casa dele, foram encontradas uma pistola calibre 380 – usada nas abordagens –, duas airsofts – armas usadas em clubes de tiros –, 40 munições de pistola calibre 380 e cocaína.

Na residência ainda havia diversos livros sobre investigação policial, psicologia forense, filosofia, práticas forenses, dentre outros.

“Ao ser preso, ele nos apresentou uma carteira de identificação e, em depoimento, negou ter se passado por policial civil, mas confessou que portava armas”, concluiu o delegado.

Conforme a PCMG, o homem tem outras passagens pela polícia por uso de drogas, embriaguez ao volante e já foi investigado, anteriormente, por fingir ser policial civil.

Ele responderá por porte ilegal de arma e usurpação de função pública, podendo pegar até seis anos de prisão e multa.

Fonte: Minas Hoje