O governador Romeu Zema (Novo) é alvo de mais uma ação feita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em decorrência das frases proferidas durante uma transmissão virtual realizada no dia 20 de julho. Após o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) ter acionado a Corte na semana passada, nesta segunda-feira (27) foi a vez do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância (Serjusmig) entrar com uma interpelação judicial contra o mandatário para que ele apresente provas do que foi dito durante a transmissão.
Na ação, o Serjusmig classificou as declarações que Zema fez na transmissão virtual como “equivocadas e generalizadas”. Na ocasião, o governador mineiro disse que os sindicatos estavam acostumados a um “tipo de rachadinha” e que eram beneficiados durante a gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT).
O sindicato argumenta que as frases podem “macular, em tese, o patrimônio moral desta entidade”, bem como dos membros da diretoria executiva e dos membros representados. Ainda segundo o Serjusmig, as declarações proferidas por Zema possuem “conotação de acusação veemente e ostensiva do cometimento de práticas corruptas e ilegais por sindicalistas e servidores públicos do Estado de Minas Gerais” e foram consideradas generalistas, sem a identificação de quem cometeu infrações ou a apresentação de provas.
Outro ponto defendido pelo sindicato é de que o cidadão mineiro tem o direito de exigir que as informações repassadas diretamente pelo chefe do Executivo sejam verdadeiras, e não uma “meia-verdade”, bem como de exigir que o governador “não caia na vala comum do leviano sensacionalismo”
Sendo assim, a entidade defende que Zema apresente provas do que foi dito. “O Serjusmig exige que o mesmo esclareça com exatidão, clareza e especificidade se as acusações em comento referem-se ao Serjusmig e se as expressões ‘esse pessoal’ e ‘sindicalistas’ referem-se aos servidores membros da sua diretoria Executiva, bem como roga-se que identifique as pessoas que, segundo declarou, estão ‘acostumados’ com práticas corruptas no serviço público ou, conforme insinuou, cometem tais práticas corruptas”, diz o sindicato.
Fonte: O TEMPO