Em nota, divulgada nas redes sociais, ontem, dia 24 de julho, o Hospital Cônego Monte Raso alertou a população quanto a dificuldade na compra de medicação para doentes críticos e para procedimentos anestésicos e de intubação. Ainda segundo a nota, os leitos de Terapia Intensiva da unidade hospitalar já chegaram à lotação.
Tendo em vista a rápida elevação dos casos no município, a direção do hospital orienta para que a sociedade adote as medidas de proteção (como o uso de máscaras e a higiene pessoal, entre outras) e respeite as normas de distanciamento controlado do Governo do Estado.
Em meio ao risco de colapso hospitalar em Minas Gerais em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o sistema de saúde do estado também está em alerta quanto aos medicamentos. Várias cidades do interior e da Grande BH, incluindo a capital, estão de olho nos níveis de estoque de anestésicos e relaxantes musculares, que são fundamentais para cirurgias em geral e também para pacientes com COVID-19 que necessitem do auxílio de respiradores. As substâncias estão em falta no mercado, sendo vendidas a preços altos.
A escassez de medicamentos para o tratamento da COVID-19 vem desde o início de junho, quando o alerta vermelho sobre a situação foi levado ao conhecimento do Ministério da Saúde, aponta a Federação das Santa Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas). Conforme a entidade, foi apresentado, em audiência pública na Câmara dos Deputados, um levantamento feito pelo Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), mostrando que 24 das 25 secretarias estaduais já sofriam com a falta de bloqueadores musculares necessários para a intubação de pacientes. O tema também foi levado ao gabinete de crise do Ministério da Saúde, que informou à Federassantas a intenção de intermediar compras no exterior por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e que faria uma licitação com fornecedores nacionais da qual os estados e prefeituras de algumas capitais poderão participar adquirindo quantidades limitadas desses medicamentos.
O governador Romeu Zema durante a entrega nesta sexta-feira (24/7), em Manhuaçu, macrorregião de Saúde Leste do Sul, de dez respiradores invasivos, dez monitores e um cardioversor, além de uma ambulância, ressaltou que o Governo de Minas trabalha de forma intensificada desde o início da pandemia, em março. E alertou que, mesmo atingindo o platô, quando o número de casos se torna mais elevado e assim se mantém por um período, a população deve continuar tomando os devidos cuidados e as autoridades devem se manter em alerta. “Ainda não sabemos se teremos que conviver com uma segunda onda da doença”, avisou.
Confira a nota na íntegra
Hospital Cônego Monte Raso
Baependi, 24 de julho de 2020.
Comunicamos a toda a população assistida que, infelizmente, enfrentamos grave dificuldade na compra de medicação necessária ao manejo de doentes críticos e para procedimentos anestésicos e de intubação. Essa limitação é comum a maior parte dos hospitais do país.
Paralelamente, no momento, TODOS os leitos reservados para pacientes com Covid em nosso CTI estão ocupados.
Neste momento de rápida elevação dos casos em nosso município é FUNDAMENTAL E EXTREMAMENTE NECESSÁRIA a adesão às medidas de isolamento social e higiene respiratória.
Dr Diogo Lopes - Coordenador do Bloco Cirúrgico
Dr Henrique Lima - Coordenador Clínico
Dr Wesley Semboloni - Coordenador do CTI
Sr Eduardo Pelucio - RT Enfermagem
Sra. Sônia Leite - Vice-Provedora
Sr. José Orlando - Provedor