Chegou a 50 o número de pessoas que morreram somente entre os dias 24 e 28 e janeiro em Minas Gerais, em ocorrências provocadas pelo grande volume de chuva no estado. A atualização é do boletim da Defesa Civil do estado.
Na noite passada, eram 47 vítimas. Hoje, o órgão estadual confirmou mais três óbitos: de uma criança de apenas 2 anos atingida pelos escombros de uma casa em Olhos D'Água, no Norte de Minas Gerais, nessa segunda-feira, e outras duas em Luisburgo, na Zona da Mata, que morreram soterradas. Somente neste último município, foram quatro mortes.
Belo Horizonte segue como o município com o maior número de óbitos, 13. Nesta quarta-feira, vítimas de dois soterramentos serão sepultadas na capital. São pessoas que morreram na Vila Bernadete, na Região do Barreiro, e Jardim Alvorada, na Pampulha. O Corpo de Bombeiros ainda procura duas pessoas desaparecidas no estado.
Ao todo, 101 cidades tiveram situação de emergência decretada pelo estado, e outros 20 a nível municipal. Há mais de 28 mil pessoas desalojadas e mais de 4 mil desabrigadas (que tiveram as casas destruídas ou danificadas).
Alagamento impediu chegada de ambulância
A morte da criança em Olhos D'Água ocorreu na localidade de Pindaíba, a 35 quilômetros da área urbana do município. A menina foi atingida pelos escombros após o desabamento de uma cozinha, que fica separada do resto da casa. Com as chuvas, o telhado da cozinha veio abaixo, atingindo a menina.
Imagens registradas no local mostram o momento em que um morador atravessa a ponte sobre o Ribeirão da Areia, coberta pela enchente, com a criança nos braços. Por conta do alagamento, não foi possível enviar uma ambulância ao local.
Quatro crianças estavam no imóvel acompanhadas da mãe. De acordo com testemunhas, assim que terminaram o café da manhã, mãe e filhos deixaram o cômodo da cozinha, que fica no quintal da casa. Nesse momento, a construção cedeu e os escombros atingiram a menina. As outras crianças já tinham deixado o local junto com a mãe e, por isso, escaparam ilesas.
Fonte: Estado de Minas