Buscas aos primos se “encerram” na quarta-feira, mas podem ser retomadas a qualquer momento

Mãe do menino de 11 anos, acredita que eles sejam encontrados até na quarta-feira, quando as buscas serão paralisadas, até que novas informações possam surgir



A operação de busca aos primos desaparecidos na região da “Prainha”, em Três Pontas, seguirá normalmente até a próxima quarta-feira (08). A notícia chegou aos órgãos de imprensa no início da tarde desta segunda-feira (06), dada pelo Corpo de Bombeiros de Varginha, que realiza o trabalho desde o dia 15 de dezembro, quando João Pietro Amaral de 11 anos e o adolescente Henrique Daniel Fialho de 17, se afogaram durante uma pescaria da família. O menor escorregou de um barranco e o adolescente foi salvá-lo e os dois se afogaram.

Caso os corpos não sejam encontrados, será realizada provavelmente na quinta-feira (09), em horário ainda a ser definido, uma cerimônia religiosa nas proximidades do local onde os dois se submergiram. As buscas serão interrompidas temporariamente, mas poderão ser reiniciadas a qualquer momento, caso apareça novos indícios ou novas informações. Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, a decisão foi tomada, levando em consideração o tempo do acidente e a pedido da própria família das vítimas.

Uma corrente de oração e solidariedade se formou em toda a cidade. Os bombeiros e vários voluntários fizeram buscas e minuciosa varredura, em uma área bastante extensa de aproximadamente 30 quilômetros, até a cidade de Fama (MG). No Distrito do Pontalete, foi montado um ponto base da Corporação que coordena diariamente os trabalhos e onde os familiares acompanham as buscas. Aguapés que ficavam embaixo da antiga ponte, que ligava o distrito aos municípios de Paraguaçu e Elói Mendes foram retirados da água. Uma máquina foi colocada na balsa e o serviço foi realizado por pescadores e voluntários que moram na região.

As grandes dificuldades nestes 23 dias, são a baixa visibilidade, a profundidade, a correnteza forte, a vegetação, galhos e cercas de arames. Foram feitas técnicas de mergulhos, utilizando barcos, jets skis, o helicóptero Arcanjo que cobriu uma área maior inclusive em remansos (onde o rio faz curva e forma uma espécie de piscina) e a cadela farejadora “Candy” do Canil dos Bombeiros. Por último, um sonar em um barco foi utilizado. O equipamento pertence a um pescador e serve para mostrar a profundidade de rios e lagos foi usado, na tentativa de identificar alguma mancha que possa ser os corpos, principalmente quando a água tem elevada turbidez. Mesmo com tudo isto, os corpos não foram encontrados.

Confiante de que os garotos serão encontrados, a mãe de João Pietro, Silvia Aparecida Fialho, faz um apelo para que quem tiver um aparelho sonar disponibilize novamente para ajudar no resgate e verifique algo que um voluntário suspeitou na água.

Fonte: Equipe Positiva