Barranco com risco de desabamento ameaça casas em Maria da Fé
Cerca de 20 casas em um bairro de Maria da Fé convivem com a ameaça do desabamento de um barranco que pode atingir os imóveis. A preocupação aumentou com a chegada do período de chuvas.
Os moradores alegam que o problema ja existe há quase 50 anos. No local, a terra tem trechos de deslizamento próximos aos imóveis, que foram construídos em cima do barranco.
Também há casas na parte inferior. Uma família foi retirada do local em maio de 2019, mas a maioria dos moradores permaneceu.
A previsão do tempo indica mais de 100 milímetros de chuva no acumulado da semana, o que preocupa ainda mais os moradores.
“O medo é constante. Quando chove aqui, não tem como dormir. Essa noite com a chuva, caiu terra do outro lado e levei um susto, pensei que a parede da minha casa estava caindo. Já é o oitavo saco de terra que eu tiro da minha casa. Aqui o medo é demais”, lamentou uma das moradoras, Simone.
Saída das famílias
Um morador alega que já procurou ajuda na prefeitura, mas não obteve respostas. Já a prefeitura de Maria da Fé afirma que Luiz já foi respondido e que há um projeto para solucionar o problema, mas é preciso retirar as famílias dos imóveis.
“É a construção de um muro de arrimo. Para tal, nós precisamos realocar duas famílias de imediato. Nós já estamos atrás de casas para que nós possamos fazer. Uma delas nós já temos, inclusive já oferecemos para o senhor Luiz para que ele saísse de imediato, mas ele recusou-se. Nós temos documentos da recusa dele”, explicou Breno Kuhlmann, chefe de gabinete da prefeitura.
Ainda segundo Kuhlmann, a prefeitura segue em busca de mais imóveis para as demais famílias. “Maria da Fé tem um déficit de casas para aluguel, então nós temos dificuldades de arrumar uma casa para que eles saiam e nós possamos fazer o muro de arrimo. Já deveria ter sido feito há mais tempo, nas outras gestões. Já são 40 anos que esse problema vem persistindo”.
Caso haja resistência para saída das casas, ainda conforme a prefeitura, será preciso acionar a Justiça para fazer a retirada compulsória. A Defesa Civil acompanha a situação.
“Nos últimos seis meses nós temos feito lá em torno de 12 visitas por mês, in loco, feito pelos nossos responsáveis da Defesa Civil, acompanhados de forma direta pela nossa assistência social”.
Fonte: G1 Sul de Minas