Após a "Operação Êxodo 23", que denunciou a corrupção de policiais, servidores públicos e despachantes na Delegacia de Varginha, o Departamento de Trânsito da Polícia Civil retomou nesta quinta-feira (19) alguns serviços e anunciou mudanças no sistema.
A partir de agora, a colocação de lacres em placas de veículos será feita sempre às quintas-feiras. As senhas serão sempre distribuídas no dia anterior. Às quintas-feiras acontecem apenas a colocação de placas, sem vistoria.
A vistoria em veículos será feita nos demais dias da semana, a partir desta sexta-feira (20), com senha retirada sempre no dia anterior, a partir das 14h.
As senhas para atendimento não serão mais distribuídas pela manhã e sim a partir das 14h do dia anterior. Todos os serviços serão prestados no Departamento da Polícia Civil, na delegacia, que fica no Jardim Petrópolis.
Investigações
O MP aponta esses servidores e pelo menos 11 despachantes e funcionários dessas empresas como suspeitos de um esquema de pagamento de propina de vistorias, emplacamento e lacre de veículos irregulares, além de inserção de dados falsos no sistema para apagar histórico de veículos de leilão e com sinistro.
Para chegar até os investigados, o MP fez interceptações telefônicas. Novos áudios mostram que havia uma forma de agilizar os serviços. Além dos áudios, a denúncia tem vídeos que mostram flagrantes de supostas vistorias ao ar livre, fora do departamento de trânsito, o que não é permitido. Outras imagens mostram um despachante no pátio do Detran fazendo uma vistoria.
De acordo com o Ministério Público, o grupo estaria dividido em três núcleos:
receptadores: que compravam carros em leilões de seguradoras e depois adquiriam carros roubados para retirar as peças e montar um carro novo.
agentes públicos: recebiam vantagens indevidas para fazer vistorias e retirar do sistema do Detran as informações dos sinistros dos veículos comprados nos leilões.
despachantes: eram os responsáveis por toda a documentação e por dividir o dinheiro da propina.
Prisões
Onze pessoas continuam presas, sendo nove no Presídio de Elói Mendes e outras duas no Presídio de Varginha. Uma pessoa deixou a prisão e agora está em prisão domiciliar.
Três funcionários públicos, que são investigadores da Polícia Civil, foram levados para a Casa de Custódia de Belo Horizonte e o delegado de trânsito, Antônio Carlos Buttignon, cumpre prisão domiciliar.
O que dizem os envolvidos
Segundo a Polícia Civil, assim que vencer o período de prisão dos servidores, eles serão remanejados de funções bem diferentes das exercidas dentro da instituição.
A Prefeitura de Varginha informou que um servidor envolvido foi cedido ao Estado de Minas Gerais mediante convênio a pedido da Polícia Civil, a qual estava subordinado. Conforme a administração, não cabe à prefeitura neste momento fazer juízo de valor. Ela vai aguardar os avanços da investigação para verificar a necessidade de instaurar processo administrativo para as providências necessárias.
O advogado do delegado Antônio Carlos Buttignon, Juliano Comunian, disse que analisa as acusações em seu desfavor, mas adianta que o seu cliente nega veementemente todas elas e que provará oportunamente que todas são inverídicas, pois nunca recebeu qualquer dinheiro ilícito ou autorizou qualquer pessoa a receber em seu nome, não existindo provas em sentido contrário.
Já o advogado Gustavo Chalfun, que defende o investigador Cosme Silva de Paula, afirmou que vai tentar um habeas corpus para a liberdade provisória do suspeito.
As defesas dos investigadores Régis Fernandes da Costa, Elincarlos Lopes Moura e do funcionário da prefeitura, Luiz Carlos Penha, não foram encontradas.
Fonte: G1 Sul de Minas
As senhas para atendimento não serão mais distribuídas pela manhã e sim a partir das 14h do dia anterior. Todos os serviços serão prestados no Departamento da Polícia Civil, na delegacia, que fica no Jardim Petrópolis.
Investigações
O MP aponta esses servidores e pelo menos 11 despachantes e funcionários dessas empresas como suspeitos de um esquema de pagamento de propina de vistorias, emplacamento e lacre de veículos irregulares, além de inserção de dados falsos no sistema para apagar histórico de veículos de leilão e com sinistro.
Para chegar até os investigados, o MP fez interceptações telefônicas. Novos áudios mostram que havia uma forma de agilizar os serviços. Além dos áudios, a denúncia tem vídeos que mostram flagrantes de supostas vistorias ao ar livre, fora do departamento de trânsito, o que não é permitido. Outras imagens mostram um despachante no pátio do Detran fazendo uma vistoria.
De acordo com o Ministério Público, o grupo estaria dividido em três núcleos:
receptadores: que compravam carros em leilões de seguradoras e depois adquiriam carros roubados para retirar as peças e montar um carro novo.
agentes públicos: recebiam vantagens indevidas para fazer vistorias e retirar do sistema do Detran as informações dos sinistros dos veículos comprados nos leilões.
despachantes: eram os responsáveis por toda a documentação e por dividir o dinheiro da propina.
Prisões
Onze pessoas continuam presas, sendo nove no Presídio de Elói Mendes e outras duas no Presídio de Varginha. Uma pessoa deixou a prisão e agora está em prisão domiciliar.
Três funcionários públicos, que são investigadores da Polícia Civil, foram levados para a Casa de Custódia de Belo Horizonte e o delegado de trânsito, Antônio Carlos Buttignon, cumpre prisão domiciliar.
O que dizem os envolvidos
Segundo a Polícia Civil, assim que vencer o período de prisão dos servidores, eles serão remanejados de funções bem diferentes das exercidas dentro da instituição.
A Prefeitura de Varginha informou que um servidor envolvido foi cedido ao Estado de Minas Gerais mediante convênio a pedido da Polícia Civil, a qual estava subordinado. Conforme a administração, não cabe à prefeitura neste momento fazer juízo de valor. Ela vai aguardar os avanços da investigação para verificar a necessidade de instaurar processo administrativo para as providências necessárias.
O advogado do delegado Antônio Carlos Buttignon, Juliano Comunian, disse que analisa as acusações em seu desfavor, mas adianta que o seu cliente nega veementemente todas elas e que provará oportunamente que todas são inverídicas, pois nunca recebeu qualquer dinheiro ilícito ou autorizou qualquer pessoa a receber em seu nome, não existindo provas em sentido contrário.
Já o advogado Gustavo Chalfun, que defende o investigador Cosme Silva de Paula, afirmou que vai tentar um habeas corpus para a liberdade provisória do suspeito.
As defesas dos investigadores Régis Fernandes da Costa, Elincarlos Lopes Moura e do funcionário da prefeitura, Luiz Carlos Penha, não foram encontradas.
Fonte: G1 Sul de Minas