O presidente do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Lopes, afirma que a decisão do governo Bolsonaro de criar uma comissão de análise ideológica das questões do Enem, não vai interferir no que se espera dos candidatos.
Segundo ele, apenas o conhecimento dos alunos será avaliado. Isso da forma mais neutra possível. Sendo assim, temas polêmicos e controversos, mesmo que sejam de grande importância para discutir na sociedade, não cumprem o objetivo da prova.
Ainda de acordo com Lopes, essa próxima edição não será tão diferente das anteriores.
Nem ele mesmo, o ministro ou o presidente Jair Bolsonaro leram as questões. Dessa forma, a área especializada recebeu orientações para uma prova neutra.
Quem fizer redação esquerdista no Enem será prejudicado?
De acordo com o presidente do Inep, uma cartilha de redação é disponibilizada e as regras não são alteradas. A banca de correção da redação não é composta por servidores do Inep. Então, é improvável que dissertações esquerdista ou de direita saiam prejudicadas. O ideal é saber defender e argumentar seu ponto de vista.
Enem e homossexualidade
No último ano, Bolsonaro criticou uma questão relacionada à homossexualidade. Após isso, o Inep criou uma comissão para excluir itens relacionados ao assunto. De acordo com Alexandre Lopes, isso não atrapalha o seu trabalho.
O presidente do Inep ainda afirma apesar de temas como esse ter importância social, não cumpre o objetivo do Enem ou Ministério da Educação nas avaliações. Ele conclui que o Enem não é uma pesquisa de opinião e se gera desconforto na temática, desvia o foco.
Fonte: Escola Educação