Uma votação de uma nova comissão processante que investigava a prefeita de São Lourenço (MG), Célia Cavalcanti (PR) decidiu pela manutenção dela no cargo. A votação terminou no fim da tarde desta terça-feira (10). Apesar de oito vereadores terem votado a favor, a prefeita não foi cassada por insuficiência do número de votos.
Uma denúncia apresentada por servidores públicos municipais dizia que a prefeitura contratou um escritório de advocacia para compensação com o parcelamento de débitos previdenciários com o INSS.
A conclusão da comissão processante foi de que a prefeita não poderia ter contratado essa empresa sem estipular um valor fixo que seria pago. A prefeitura teria condicionado o pagamento à empresa ao que os advogados conseguissem reaver junto ao INSS.
A votação ficou em 8 votos a favor da cassação e quatro contra. No entanto, eram necessários nove votos, ou 2/3 dos 13 vereadores, para que ela saísse do cargo.
Um dos vereadores, Paulo Gilson Chopinho de Castro Ribeiro (PSC) não compareceu à votação, pois conforme o Ministério Público, está com a prisão preventiva decretada por envolvimento em um esquema de corrupção no SAAE da cidade.
Com o resultado da votação, o processo será arquivado.
Mandato recuperado
Em março do ano passado, a prefeita teve o mandato cassado por 10 votos a três. O motivo alegado pela comissão processante foi a omissão da prefeita diante da suposta influência do marido e ex-prefeito, Natalício Tenório Cavalcanti, na gestão do município.
Cerca de cinco meses depois, ela conseguiu reverter a sentença junto ao Tribunal de Justiça e reassumiu o cargo.
Fonte: G1 Sul de Minas