O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realiza uma ação para combate e prevenção da raiva bovina no Sul de Minas para tentar conter os casos que já somam 22 registros. Só em Natércia, foram cinco casos conformados. Em Conceição das Pedras, outros quatro. Também estão na lista Paraisópolis, São João da Mata, São Vicente de Minas, São Gonçalo do Sapucaí, Conceição da Barra de Minas, Botelhos, Ouro Fino e Turvolândia.
Segundo o fiscal agropecuário do IMA, Paulo Henrique Pereira, em casos positivos da doença, os agentes têm 24 horas para atuar no local do foco.
“O IMA encaminha os produtores que tiveram contato com o animal infectado para postos de saúde. O instituto também trabalha na área do foco e nas propriedade ao redor”, fala.
Paulo explica que os produtores são orientados sobre a vacinação do rebanho e a presença de animais mordidos. Outro ponto alertado é sobre os abrigos do morcego hematófago. Ele também alerta para que o produtor não vá em busca dos bichos.
“É preciso avisar o IMA para que possamos ir na propriedade fazer o controle populacional”. O fiscal explica que os abrigos dos morcegos são catalogados para posterior acompanhamento e controle.
Segundo o IMA, para controlar a doença é preciso, antes de tudo, vacinar o gado.
A doença
A raiva é uma doença que acomete o sistema nervoso central de mamíferos, o que inclui também o homem. A transmissão da doença é feita por meio da mordida do morcego hematófago (desmodus rotundus). A manipulação de animais com sinais clínicos de raiva, bem como a manipulação de morcegos, coloca em risco a saúde humana, devendo essa manipulação ser evitada, principalmente sem o devido uso de equipamento de proteção individual (EPIS).
Alguns sintomas que os animais contaminados costumam apresentar é tristeza, isolamento do restante do rebanho, tremores musculares, perda de peso, salivação intensa, dificuldade para permanecer em pé e paralisia dos membros posteriores.
Fonte: G1 Sul de Minas