Com risco de contaminação de água, Prefeitura de Lambari tenta cumprir recomendações do MP

Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) diagnosticou o risco de contaminação na fonte.



A Prefeitura de Lambari (MG) tenta cumprir uma série de recomendações feitas pelo Ministério Público de Minas Gerais em relação à fonte de água mineral do Parque das Águas. Em abril, a recomendação foi feita para que a prefeitura, responsável pela fonte, sanasse alguns problemas para evitar o risco de contaminação.

Recentemente, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) diagnosticou o risco na fonte. Segundo a promotoria, o motivo seria a poluição no parque, realização de eventos e deficiência no tratamento de esgoto.

“Estava até então sendo realizados bailes no fim de semana e onde foi vista a presença de urina, até inclusive preservativos no local”, explicou o promotor Cláudio Ferreira de Oliveira Filho.

Um grupo de moradores do movimento “Unidos por Lambari” critica a situação e acusa a prefeitura de emissão. “A gente fica sabendo sobre virose, sobre riscos do uso da água, e a gente não sabe ao certo, porque não tem laudo técnico, não tem notícia, ninguém fala nada sobre nada”, explicou a empresária Ana Paula Fernandes Campos.

A água é considerada boa para o consumo, segundo um laudo encaminhado para o Ministério Público. No entanto, o laudo aponta que, se nada for feito em curto ou médio prazo, a água pode ficar imprópria.

A prefeitura diz que já atendeu algumas recomendações do MP. “No sentido de retirar o bailinho que acontecia aqui no domingo, as festas ao redor do parque, a permanência de animal nas águas. A Codemig solicitou que desinfetasse as fontes com água sanitária. A gente está fazendo todo esse procedimento, todos os dias”, explicou a secretária de Turismo Ana Paula Nunes.

O Serviço de Abastecimento responsável pelo esgoto diz que medidas começaram a ser tomadas. “Eu tive um caminhão de sucção na semana passada que fez toda essa parte entorno do parque, fez a limpeza geral das nossas redes. Temos feito este tipo de serviço, esses paliativos mais rápidos”, contou o diretor do Saae, João Rodrigo dos Reis.

No entanto, o serviço admite que há dificuldades para se adequar às exigências do MP por falta de recursos. “Uma estação de tratamento de esgoto fica aproximadamente em torno de R$ 13 milhões. Então é um custo muito alto. Só que a gente já enviou um projeto pra Funasa em Brasília e estamos aguardando do governo esse apoio”.

O Ministério Público terá outra reunião com a Codemig, ainda sem data marcada. “Se for o caso inclusive de afastar tudo entorno do lago, se essa presença humana tiver causando lesão, prejuízo, dano ao meio ambiente”, esclarece o promotor.

Fonte: G1 Sul de Minas