Vinhos produzidos com tecnologia Epamig mais uma vez foram destaque em premiação que acontece anualmente na Europa. Entre os ganhadores do Decanter World Wine Awards deste ano estão cinco rótulos produzidos a partir de métodos desenvolvidos pelo Núcleo Tecnológico Uva e Vinho, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no município de Caldas.
O anúncio, feito nessa semana, em Londres, premiou com medalha de prata o vinho Maria Maria Diana Syrah (2017) e o espumante Maria Maria Sous Les Scaliers. Já os vinhos Maria Maria Elis Sauvignon Blanc (2018) e Casa Verrone Syrah Speciale (2017) receberam medalhas de bronze. Somando-se à lista, o vinho Maria Maria Cristina Gran Reserva (2016) recebeu uma medalha de recomendação.
As uvas dos vinhos Maria Maria são plantadas na cidade de Três Pontas, Sul de Minas. Já as uvas do vinho Syrah Speciale, da Casa Verrone, são plantadas em Itobi, em São Paulo. O processamento é feito na Vinícola Experimental da Epamig, em Caldas.
O nome Maria Maria é uma homenagem à música do cantor Milton Nascimento, que viveu em Três Pontas. O produtor, Eduardo Junqueira, conta que a primeira safra de vinhos foi produzida em 2013. Em 2015, a marca participou do Decanter World Wine pela primeira vez e, desde então, é premiada.
Decanter World Wine Award - O prêmio Decanter World Wine Awards é organizado pela revista inglesa Decanter, uma das mais tradicionais e respeitadas publicações sobre vinhos no mundo. Em 2019, a 16ª edição do concurso julgou aproximadamente 17 mil vinhos, de 57 países.
Metodologia da região - A técnica é resultado de um trabalho de pesquisas de mais de 20 anos, desenvolvidas pela Epamig com apoio da Fapemig e outros órgãos de fomento, que aperfeiçoou a qualidade dos vinhos finos produzidos no Brasil em propriedades no Sul de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. Só na região Sudeste, cerca de 500 mil de litros de vinho tinto e branco são elaborados a partir da tecnologia. "O método consiste na realização de duas podas, uma de formação dos , no mês de agosto, e outra de produção, no mês de janeiro”, destaca o pesquisador da Epamig, Murillo de Albuquerque Regina, responsável por desenvolver a ideia.
A combinação dos elementos tempo seco, dias ensolarados e noites frias é responsável por ocasionar a colheita de uma uva sã, de maturação plena, que apresenta mais aroma e mais concentração de cor, o que contribui para o incremento da qualidade do vinho. A iniciativa inovadora de se produzir vinhos finos na Mantiqueira teve início em regiões cafeeiras como alternativa para diversificação de renda.
Fonte: Agência Minas