“Olha o bairro do limoeiro aí”. Esta foi a frase de Mauricio de Souza quando viu fotos de Poços de Caldas (MG), no processo de escolha dos cenários do filme “Turma da Mônica: Laços”, que estreou na quinta-feira (27) nos cinemas. A reação foi compartilhada pelo diretor do filme, Daniel Rezende, durante a estreia na cidade mineira, com a participação do elenco, na noite desta sexta-feira (28).
A cidade no Sul de Minas é o cenário da maior parte das cenas do primeiro live-action da Turma da Mônica. Além de Poços de Caldas, a equipe fez gravações em Holambra, Mairiporã, Cubatão e Paulínia, no estado de São Paulo. “Mas toda a parte do bairro do limoeiro, que não era das casas, e boa parte da floresta, foi gravada em Minas”.
Entre os pontos escolhidos, estão o Parque José Affonso Junqueira, a Praça Pedro Sanches, o coreto e áreas de floresta perto de importantes pontos turísticos da cidade. O desafio, segundo o diretor, era trazer para o mundo real todo o universo de Mauricio de Souza, com fidelidade à história em quadrinhos, sem decepcionar o imaginário dos fãs.
Entre os pontos escolhidos, estão o Parque José Affonso Junqueira, a Praça Pedro Sanches, o coreto e áreas de floresta perto de importantes pontos turísticos da cidade. O desafio, segundo o diretor, era trazer para o mundo real todo o universo de Mauricio de Souza, com fidelidade à história em quadrinhos, sem decepcionar o imaginário dos fãs.
“A gente procurava o traço do Maurício no mundo real”. Quando a gente viu fotos de Poços de Caldas, as ruas, as cores, a arquitetura, tudo batia com o bairro do limoeiro real. Quando a gente mostrou a foto da praça de Poços pro Mauricio, ele disse: ‘se eu desenhasse uma praça, eu desenharia exatamente assim’”, lembra Daniel.
Ainda segundo o diretor, os olhos do criador da Turma da Mônica foram o termômetro não só para escolha do cenário, mas do roteiro, elenco, figurino e toda a direção de arte. O resultado foi um filme cheio de referências, que destaca pontos conhecidos dos turistas da cidade mineira.
Apesar das belas paisagens, trazer as filmagens para o interior foi um desafio para toda a equipe. “Esse era um filme que tinha criança, cachorro, noturno e floresta. Então essa era uma equação que você não quer botar tudo no mesmo filme. A gente filmou em Poços de Caldas no inverno, fazia frio. Mas toda equipe, todo o elenco estava tão emocionado e com tanta vontade que esse filme desse certo, que tudo foi muito prazeroso”, contou Daniel.
Para os atores, foi o frio durante as gravações, que aconteceram em junho e julho de 2018, que marcou os dias de externa. “Aqui é bem frio. À tarde até é calorzinho, mas, na maioria das vezes, a gente gravava no começo do dia pra pegar o sol nascendo. No minuto que cortava a cena, eles já vinham com casaco e chocolate quente”, contaram Laura Rauseo e Gabriel Moreira, que viveram a Magali e o Cascão.
Nenhum dos protagonistas, Gabriel Moreira, Giulia Benite, Kevin Vechiatto e Laura Rauseo, conhecia Poços de Caldas. A atriz que deu vida à dona da turma - e da rua - Giulia Benite, não hesitou ao dizer que a cidade mineira foi a preferida nas gravações.
“A gente conheceu a cidade nas gravações. E juro, amei muito essa cidade, porque é muito tranquila, é muito ‘good vibes’”, afirmou.
“Eu acho que pra mim, uma das coisas mais legais, foi ter conhecido o Rodrigo Santoro aqui”, contou Kevin Vechiatto, que deu vida ao Cebolinha. Santoro interpretou o personagem Louco, em uma cena gravada durante a noite na cidade. “Ele chega pra dar aquela dica pro Cebolinha, mas não vou falar muito pra não dar ‘spoiler’”.
Além de movimentar a rotina da cidade durante dois meses, a vinda das gravações da Turma da Mônica trouxe a chance de vários moradores participarem como figurantes. O seu Antônio Misael Ferreira Pinto não apareceu; quem ficou ‘famoso’ foi o seu carrinho de pipoca.
Ele trabalha há anos na praça e ficou surpreso quando a produção do filme pediu o carrinho para compor o cenário. “Veio, conversou comigo e pediu para usar quatro dias, eu aceitei. Aí eles mudaram um pouco, tiraram o adesivo, pintaram de vermelho. Mas depois já voltaram tudo igualzinho estava”.
Seu Antônio conta que, durante os dias de gravação, a praça toda parou para dar vida a um dos cantinhos do bairro do limoeiro. “Agora quero ir no cinema pra ver o meu carrinho no filme”.
Segundo os produtores, o Seu Antônio e os moradores já podem se preparar. A promessa é que uma continuação do primeiro filme seja gravada mais uma vez em Poços de Caldas.
“A gente quer muito fazer não só uma continuação. O Mauricio tem um universo muito grande de personagens pra gente adaptar”.
Fonte: G1 Sul de Minas