O piloto do paramotor que caiu na tarde deste sábado (30) em Varginha, no Sul de Minas Gerais, foi transferido de hospital neste domingo (31). Ele deve ser submetido a uma cirurgia. A queda de 30 metros com o equipamento de voo similar ao parapente provocou uma lesão na coluna. Marcelo Pontes, de 53 anos, conta que alguém cortou as linhas do paramotor com uma linha chilena, de material cortante, em uma pipa.
“Além de ser muito perigosa, [a linha chilena] fica na mão de pessoa errada. Tem que fazer um programa pra acabar com isso. Isso é uma arma sem dono”.
Em uma conversa com a produção da EPTV, afiliada da Rede Globo, o piloto contou detalhes do que viu na tarde deste sábado, enquanto voava entre os bairros Carvalho e Novo Tempo, em Varginha. O piloto, que tem cinco anos de experiência em voo de paramotor, explicou que se preparava para voltar ao solo quando o caso aconteceu.
“Uma pipa com linha chilena, na maldade, me laçou por trás, contornando meu equipamento e, assim, [cortou] minhas linhas com capacidade pra 70 kg cada, me jogando no chão em queda livre”, lembrou Marcelo. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver uma pipa enroscada ao paramotor.
Pontes conta que, primeiro, três linhas do paramotor foram cortadas. Em seguida, uma quarta linha foi atingida, o que levou o piloto a uma queda livre de 30 metros. “Sem tempo de usar paraquedas reserva pois só funciona acima de 150 metros. Foi muito rápido, coisa de cinco segundos de queda, vi bater no chão”.
Marcelo gravou um vídeo de dentro do hospital e compartilhou em grupos de conversa. Na cama do hospital, ele agradeceu o apoio de amigos e contou que assistiu vídeos do momento da queda.
“Um cara que faz isso com uma pessoa que está voando, passando longe das casas pra não ter problema... Ele vem e faz um negócio desse. É pior do que dar um tiro”.
Resgate
O piloto contou, ainda, que o momento mais difícil foi aguardar o resgate, que chegou após 20 minutos. Como o local da queda era de difícil acesso e havia moradores em volta, o Corpo de Bombeiros usou o helicóptero para o socorro.
“Eu não sentia minhas pernas. Estava consciente, mas muito atordoado”. Marcelo foi levado ao Hospital Bom Pastor e levou 25 pontos na perna esquerda. Segundo ele, houve uma lesão na coluna e será preciso uma cirurgia com colocada de pinos, para reparar uma vértebra atingida. Ele foi transferido no fim da tarde de domingo para o Hospital Regional.
Paramotor e a linha chilena
O equipamento identificado como paramotor é um tipo de adaptação do parapente. Nele, por conta do motor, é possível levantar voo de qualquer lugar plano. O piloto que sofreu a queda em Varginha já voa há cinco anos e tinha 150 horas de voo.
O paramotor foi recolhido após a queda e, segundo o dono, estava bastante danificado. A linha chilena, que atingiu o equipamento, é feita de material cortante e pode romper materiais feitos de metal e até fiações elétricas. O poder de corte é quatro vezes maior que o do cerol.
Fonte: G1 Sul de Minas
“Eu não sentia minhas pernas. Estava consciente, mas muito atordoado”. Marcelo foi levado ao Hospital Bom Pastor e levou 25 pontos na perna esquerda. Segundo ele, houve uma lesão na coluna e será preciso uma cirurgia com colocada de pinos, para reparar uma vértebra atingida. Ele foi transferido no fim da tarde de domingo para o Hospital Regional.
Paramotor e a linha chilena
O equipamento identificado como paramotor é um tipo de adaptação do parapente. Nele, por conta do motor, é possível levantar voo de qualquer lugar plano. O piloto que sofreu a queda em Varginha já voa há cinco anos e tinha 150 horas de voo.
O paramotor foi recolhido após a queda e, segundo o dono, estava bastante danificado. A linha chilena, que atingiu o equipamento, é feita de material cortante e pode romper materiais feitos de metal e até fiações elétricas. O poder de corte é quatro vezes maior que o do cerol.
Fonte: G1 Sul de Minas