A Polícia Civil prendeu na última quinta-feira (29/03) um servidor público da cidade de Cristina, suspeito de cometer atos de pedofilia na cidade.
A denúncia que culminou na prisão do suspeito partiu no início desta semana após uma mãe procurar a Delegacia de Polícia relatando que havia deixado sua filha de 5 anos aos cuidados da esposa do suspeito para trabalhar e que segundo relatos da menina, o suspeito havia tirado toda a roupa dela e passado a mão em suas partes íntimas e que isso teria acontecido várias vezes. A mesma versão foi confirmada pela criança perante ao Delegado da cidade.
À partir desta denúncia, outras mães que já tiveram filhos molestados no passado pelo mesmo suspeito, deixaram a vergonha e o medo de lado e resolveram expor seus casos.
Um exemplo disso foi de uma mãe, que há 4 anos atrás registrou uma denúncia relatando que o homem havia mostrado filmes pornográfico para a sua filha, juntamente com outras coleguinhas que brincavam com ela. "Ele pedia pra minha filha fazer igual com a irmã e as coleguinhas" afirmou a mulher de 37 anos. Na época sua filhas tinham 8 e 6 anos.
Além delas, mais duas mães de crianças que teriam sido molestadas pelo suspeito também registraram denúncias durante a semana.
De acordo com as últimas informações, o Conselho Tutelar ainda está apurando outros casos de abuso que pode ter sido cometidos pelo mesmo suspeito.
Com a chuva de denúncias trazendo à tona mais casos de crianças molestadas, uma farta exposição dos casos na internet e aplicativos de mensagens, o funcionário público desapareceu da cidade, o que praticamente confirmou as suspeitas de pedofilia.
"Se ele é inocente, por que fugiu? Quem não deve não teme!" afirmou um morador da cidade nas redes sociais. A reportagem tentou contato com o suspeito, porém ele já se encontrava foragido e seu telefone se encontrava fora de área ou desligado.
Diante do fato, o Ministério Público da cidade de Cristina expediu mandado de prisão preventiva ao Sr, H. F de 58 anos e as polícias Civis e Militar iniciaram um intenso rastreamento ao suspeito, que segundo informações repassadas por populares estaria escondido na casa de um parente no bairro Porta do Céu em São Lourenço.
A polícia se deslocou até o endereço, mas o homem não foi encontrado. Ao saberem do caso, moradores da rua, local apontado pelas denúncias, ficaram revoltados.
Houve início de confusão que precisou ser apaziguada pela polícia, pois as mulheres queriam expulsar um parente do suspeito da rua. "Temos muitas crianças aqui e não aceitamos pedófilos nesta rua" gritava uma mulher que aparece em um video que circula nas redes sociais.
Após colher novas informações sobre a localização do suspeito foi apurado que o mesmo teria se escondido na zona rural do Município de Virgínia e depois de quase 16 horas de diligência e caminhos difíceis, a equipe da Polícia Civil comandada pelos Delegados Felipe Peccin e André Barleta conseguiram capturar o suspeito em meio a Serra da Mantiqueira, já na zona rural do município de Cristina.
O suspeito foi levado para o presídio de Itajubá onde aguardará o desfecho das investigações.
Devido à grande repercussão do caso nas redes sociais e emissoras de TV, a Prefeitura Municipal de Cristina emitiu uma nota oficial esclarecendo as providências a serem tomadas pela Administração quanto ao funcionário:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Prefeitura Municipal de Cristina, em vista da grande polêmica que gerou o fato de um servidor municipal estar envolvido em denúncias de abuso contra menores, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos à população:
A vítima e seus familiares estão sendo continuamente atendidos pelos serviços do Setor de Assistência Social e da Secretaria Municipal de Saúde do Município. Inicialmente houve acolhida da vítima e sua representante legal através de psicólogo e assistente social quando foram oferecidas orientação e acompanhamento em reunião junto com o Conselho Tutelar, tendo sido lavrado Boletim de Ocorrência e deliberando-se pelo encaminhamento do caso ao Ministério Público da Comarca. Mesmo após este encaminhamento foi dado apoio à família para depoimentos e perícia e o atendimento psicológico será de forma continuada.
Administrativamente, em vista da ausência do servidor ao serviço, foi remanejado outro servidor para cumprir as funções e estão sendo computadas as faltas para desconto dos dias não trabalhados. Foi ainda solicitado pelo servidor envolvido férias-prêmio, o que foi NEGADO pela Prefeitura.
Não é possível fornecer mais informações devido ao sigilo necessário ao caso para proteção da vítima e a Administração Municipal aguardará a tramitação dos procedimentos da Delegacia de Polícia e Justiça local.
Fonte: O Popular Net