A chegada do verão torna as medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti ainda mais relevantes. Ainda que as ações devam ser mantidas durante todo o ano, o aumento das temperaturas, somado às chuvas características do momento, propicia a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por isso, neste período, o ideal é eliminar recipientes que podem servir para acúmulo de água, contribuindo para a prevenção e controle das arboviroses.
Conforme explica a referência técnica do Programa Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, Paula Figueiredo, ainda que o período seja propício para a proliferação do mosquito, algumas atitudes simples e diárias podem evitar problemas futuros.
“A participação da população é fundamental nas ações de controle do Aedes aegypti, e a melhor maneira de se prevenir das doenças é eliminar os focos que acumulam água, considerados possíveis criadouros do mosquito. São exemplos de ações importantes: manter caixas d’água vedadas, guardar pneus e garrafas em locais cobertos, manter ralos limpos e vedados e descartar adequadamente o lixo”, explica.
Entre as medidas de prevenção e controle do mosquito também está o cuidado com as calhas, evitando que folhas e sujeiras se acumulem. Os pratinhos de plantas precisam ser eliminados, além do cuidado especial com bebedouros de animais, que devem ser limpos diariamente. Também é recomendável limpar piscinas e fontes de água, bandejas de geladeira e ar condicionado.
O ciclo de reprodução do Aedes pode variar de 5 a 10 dias, passando pela fase larvária até chegar à forma adulta. É a fêmea do mosquito que deposita seus ovos na parede interna dos reservatórios e estes podem permanecer viáveis por aproximadamente um ano. Assim que o ovo entra em contato com a água, ele eclode e inicia o ciclo e, por isso, fazer vistorias detalhadas dentro de casa e nos quintais é fundamental para eliminar possíveis focos.
Dessa maneira, quando o armazenamento de água for necessário, ele precisa ocorrer de forma adequada e segura, evitando que os recipientes se tornem criadouros do Aedes. Lembrando que cerca de 80% dos focos do vetor estão dentro das residências.
Ações da SES-MG
Entre as ações executadas pelo estado de Minas Gerais, se destacam reuniões de alinhamento com as referências técnicas das Unidades Regionais de Saúde das áreas de vigilância epidemiológica, laboratorial, controle vetorial, comunicação e mobilização social, assistência, farmácia e gestão. Associado a isso, o Plano de Contingência Estadual com o monitoramento de indicadores foi revisado, além de realização de reuniões mensais do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento das Arboviroses para planejamento de ações intersetoriais.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) também adquiriu insumos estratégicos para tratamentos dos pacientes com as arboviroses para dengue, zika e chikungunya para os municípios com casos notificados. Além disso, aquisição de equipamentos para aplicação de inseticidas e vigilância laboratorial, conforme preconizado.
Destaque, ainda, para a capacitação de equipe de referência para aplicação de inseticidas e implantação do monitoramento entomológico utilizando armadilhas (ovitrampas) para o Aedes, realizada com o objetivo de identificar áreas prioritárias para direcionar as ações nos municípios.
Cenário epidemiológico
Em 2018, até o momento (dados atualizados em 7/1/2019), Minas Gerais registrou 29.875 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue e oito óbitos. Já em relação à chikungunya, Minas Gerais registrou 11.772 casos prováveis da doença em no ano passado, concentrados na região do Vale do Aço.
Até o momento, foi confirmada uma morte por chikungunya no município de Coronel Fabriciano, em 2018. Por fim, em relação à zika, foram registrados 184 casos prováveis da doença no último ano, até a data de atualização do boletim.
Outras informações, acesse: www.saude.mg.gov.br/aedes