Uma bióloga de Guapé (MG) está entre os desaparecidos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Angélica Aparecida Ávila é funcionária da mineradora e está na lista de pessoas que estavam no local, divulgada na manhã de sábado, dia 26.
Segundo a família, Angélica tem 29 anos e trabalha na unidade de Macacos (MG), mas foi escalada para ir até Brumadinho realizar um serviço temporário nesta sexta-feira (25), mesmo dia em que a barragem se rompeu. Até o momento os parentes não tiveram mais notícias.
A mãe e os irmãos da vítima viajaram neste sábado para Brumadinho, onde devem acompanhar as buscas. Em entrevista à EPTV Sul de Minas, uma tia de Angélica disse que a família está desesperada por notícias.
"Estamos em um fogo danado. A gente nem tira o celular da mão, atrás das notícias. Ou TV ou celular, checando as notícias. A gente não consegue dormir, não consegue comer", desabafa Cleleni Ávila.
André Ávila, primo dela, diz ainda que não era comum a bióloga ser solicitada para visitar a barragem, por isso os parentes demoraram para descobrir que ela estava entre os desaparecidos.
"Meu primo que mora com ela. Ela não chegou às 17h, a hora que ela costuma chegar do trabalho e aí começou a ligar e começou a caçar informação", conta.
Ainda segundo os familiares, Angélica morou até a adolescência na cidade do Sul de Minas, e se mudou para Belo Horizonte para cursar biologia. Há um ano, ela foi contratada pela Vale, para atuar na área de meio ambiente.
O último encontro de André com a prima foi no natal de 2018. Ele disse que a bióloga estava feliz com o emprego e os estudos. Atualmente, ela cursa engenharia civil.
"É muita tensão. Qualquer notícia a gente tem esperança, esperança, esperança, mas faltam notícias", diz. "A esperança é a última que morre, para quem acredita em Deus, há esperança", completa a tia emocionada.
Fonte: G1 Sul de Minas