Defesa de Lula recorre ao Supremo para que ele possa disputar eleição

O pedido de liminar foi protocolado no STF na noite desta terça-feira (4)



A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal), na noite desta terça-feira (4), um pedido de liminar para que, com base no entendimento do Comitê de Direitos Humanos da ONU, o petista possa disputar a eleição.

A petição dos advogados sustenta que a decisão do comitê da ONU tem caráter vinculante (obrigatório) porque o Brasil é signatário de acordos internacionais que reconhecem a competência do órgão internacional.

pedido requer uma análise no Supremo com urgência devido à decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de barrar a candidatura de Lula e determinar a substituição do candidato do PT até a próxima terça-feira (11).

Em sessão que terminou na madrugada de sábado (1º), o TSE decidiu, por 6 votos a 1, que Lula está inelegível por causa da Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado em segunda instância pela Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex de Guarujá (SP) e cumpre pena em Curitiba desde abril. Lula nega os crimes e diz ser alvo de perseguição política.

A maioria dos ministros do TSE entendeu que o posicionamento do comitê da ONU não precisa ser obrigatoriamente acatado pela Justiça brasileira. Somente o ministro Edson Fachin votou por liberar a candidatura do petista com base na decisão do órgão, apesar de reconhecer sua inelegibilidade conforme a Lei da Ficha Limpa.

Com informações da Folhapress.

Lei da Ficha Limpa

Em 5 de maio de 2010, após recolher 1,6 milhão de assinaturas por iniciativa popular, a Lei da Ficha Limpa foi aprovada na Câmara Federal. Duas semanas depois, por uma histórica unanimidade, foi confirmada no Senado. A sanção presidencial veio em 4 de junho daquele ano. Com isso, políticos condenados em segunda instância ficaram proibidos de se candidatarem em disputas eleitorais.

A Lei foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.