Segundo as investigações do Ministério Público, combustível era furtado de refinaria em Betim e vendido em postos de três cidades da região.
O Ministério Público de Minas Gerais cumpre uma operação contra o furto e venda de gasolina em cidades do Sul de Minas na manhã desta quinta-feira (30). O alvo é uma organização criminosa que furtava o combustível de uma refinaria em Betim (MG) e vendia em uma rede de postos nas cidades de São Lourenço, Pouso Alegre e Elói Mendes. O prejuízo estimado pelo MP à Petrobrás chega a R$ 2,5 milhões.
Além de Minas Gerais, a Operação Bandeira Suja também acontece no interior de São Paulo. São cumpridos 10 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão. Os alvos são membros da quadrilha e, segundo o MP, o objetivo é apreender veículos de luxo, caminhões usados na ação e uma aeronave com valor aproximado de R$ 1 milhão.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a quadrilha usava dutos instalados na Refinaria Gabriel Passos (Regap), na região metropolitana. De lá, o combustível era armazenado em caminhões-tanque e transportado para o Sul de Minas. Na região, postos de uma rede vendiam a gasolina furtada nas três cidades.
As investigações começaram em março e apontam que pelo menos 40 mil litros de gasolina eram furtados por semana e levados para o Sul de Minas. O Procon participa da operação e vai apurar a qualidade do combustível vendido nos postos.
A Receita Estadual também atua na Operação Bandeira Suja e investiga a sonegação de impostos pela quadrilha. Polícias Militar e Civil de Minas Gerais e Gaeco de São Paulo e Bahia dão apoio ao cumprimento dos mandados.
São Paulo
Durante a manhã, a operação cumpriu mandados em cidades do interior de São Paulo - Paulínia (SP), Cosmópolis (SP) e Artur Nogueira (SP). Os furtos ocorriam de forma semelhante, com furto de combustível pelos dutos da Petrobras na região de Campinas.
Até o fim da manhã, foram presas duas pessoas e cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Mais de R$ 150 mil em dinheiro e R$ 80 mil em cheques foram apreendidos. Os valores foram encontrados em casas e companhias envolvidas no esquema.
Fonte: G1 sul de Minas