Polícia suspeita que criminosos tenham errado alvo em ataque a banco em Minduri

Agência do Banco do Brasil tinha sido atacada em agosto de 2017 e, desde então, estava em reforma.



A Polícia Militar conseguiu prender dois suspeitos de envolvimento na explosão à agência bancária em reforma em Minduri (MG), entre a manhã e a tarde deste sábado (7). A suspeita da polícia é que os criminosos tenham errado o alvo - isso porque a mesma agência já tinha sido atacada em agosto de 2017 e estava fechada para reforma; não havia nenhum dinheiro no local.

Os dois suspeitos presos são moradores de São José dos Campos (SP) e faziam parte do grupo que atacou a agência do Banco do Brasil durante a madrugada. A polícia fez rastreamento na região e, ainda pela manhã, prendeu o primeiro envolvido.

“Ele estava na estrada vicinal, na zona rural, e já havia tomado um veículo com duas pessoas como reféns. Conseguimos prender o indivíduo, libertar estas duas pessoas e apreender uma pistola calibre 9 milímetros”, explicou o capitão da PM Leandro José Dias Moreira.

O segundo suspeito foi localizado no fim da tarde, também na zona rural. Os militares também localizaram um sítio usado pelos criminosos.

No local, havia duas pessoas, que conseguiram fugir da abordagem. Também foram encontrados uma submetralhadora calibre 9 milímetros, dois veículos usados na ação, artefatos, explosivos e dinheiro. Uma máquina de contagem de cédulas, roubada da agência, também estava no sítio.


A ação

A fachada ficou com vidros quebrados e, do lado de dentro, várias partes foram destruídas na explosão. Moradores ouviram o momento do ataque. “Com as luzes apagadas, a gente desceu a escada de casa e subimos pra esconder no quintal. Quando meu esposo foi descer, tinha um [suspeito] parada aqui no portão com um fuzil apontado pro lado de casa”, conta a moradora de uma casa ao lado da agência, Márcia Cristina de Souza Lima.

“Ele escondeu e quando conseguiu subir pela escada que dá acesso ao quintal, veio a explosão. Levantou e trincou vários pisos de casa”.

Desde a explosão no ano passado, os moradores ficaram sem agência no município e procuravam o serviço em outras cidades. Agora, a nova destruição deve adiar ainda mais a volta do funcionamento.

Na fuga, o grupo disparou vários tiros – alguns atingiram uma placa. Munições ficaram espalhadas próximas à agência. Na estrada, foram deixados artefatos feitos com pregos para evitar a chegada pra polícia.

Fonte: G1 Sul de Minas