Policiais estão nas ruas de BH à procura de Eduardo Azeredo

Embora o ex-governador de Minas não tenha sido localizado, ele ainda não é considerado foragido. Prisão foi decretada pela Justiça no início da noite de terça-feira





Dezenas de policiais civis estão à procura do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) em vários endereços de Belo Horizonte desde as 6h desta quarta-feira. Embora a Polícia Civil não tenha ainda encontrado o tucano, ele não é considerado foragido da Justiça. Geralmente só há essa classificação depois de um período de 24 horas.
De acordo com o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, delegado Carlos Capistrana, a expectativa é que o ex-governador se entregue à polícia ainda nesta manhã. Nova rodada de negociações está sendo feita com os advogados de Azeredo.

“O mandado de prisão saiu ontem a noite, estamos fazendo diligências comuns para tentar localizá-lo, até porque a polícia tem que trabalhar com as duas hipóteses (ele se entregar ou não). Se ele não se entregar, temos que saber onde está para cumprirmos o mandado”, afirmou o delegado.

Entre as equipes deslocadas para as diligências, há policiais caracterizados e à paisana.
O mandado de prisão contra Eduardo Azeredo foi expedido no início da noite de ontem, depois que os desembargadores da 5ª Câmara Criminal negaram o último recurso apresentado pela defesa para tentar reverter a condenação a 20 anos e um mês de prisão no caso do mensalão mineiro.

Eduardo Azeredo foi condenado sob a acusação de ter desviado R$ 3,5 milhões para a campanha eleitoral de 1998, quando foi derrotado por Itamar Franco na disputa pela reeleição. O dinheiro seria destinado para o patrocínio do Iron Biker, Supercross e Enduro da Independência - todos eventos esportivos.

O esquema envolveria a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge).

A defesa já ajuizou um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar manter o ex-governador em liberdade até que se esgotem todos os recursos contra a condenação.


Fonte: Estado de Minas