Pelo menos 10 agências atacadas por criminosos continuam fechadas ao público no Sul de Minas

Agências do Banco do Brasil ainda não foram reabertas; o jeito para os moradores é tentar atendimento nos Correios.





Pelo menos 10 das 26 agências do Banco do Brasil que foram atacadas por criminosos em 2017 continuam fechadas ao público no Sul de Minas. A consequência disso é muito transtorno para os moradores que, muitas vezes, precisam ir a cidades vizinhas para conseguir sacar dinheiro.

Em Santa Rita de Caldas (MG), quatro criminosos explodiram a agência do Banco do Brasil da cidade em dezembro para levar o cofre. Com o impacto, a agência foi destruída. Desde então, a opção dos clientes tem sido os Correios. Mas quando lá não tem dinheiro, o jeito é ir até Caldas, cidade vizinha.

"No dia 10 de cada mês tem um fluxo bem grande de passageiros para Caldas", disse o taxista Luciano Sabino Barbosa, que antigamente fazia no máximo cinco viagens por mês pra lá, mas agora tem feito 20.

Em Bom Sucesso (MG), também não é difícil encontrar clientes insatisfeitos com o Banco do Brasil. Criminosos explodiram os caixas eletrônicos da agência no dia 12 de outubro do ano passado. Ao todo, são 26 agências do Banco do Brasil explodidas na região em 2017.


As agências do Banco do Brasil só não foram alvo de ataques das quadrilhas nos meses de fevereiro e novembro. Na falta do Banco do Brasil, os Correios acabam sendo a opção para alguns serviços como saque e depósito. Mas não é todo dia que tem dinheiro em caixa para todo mundo, sem falar da longa espera na fila.


"A gente vem duas, três vezes no dia para receber, quando tem, senão só vem daqui dois dias, conforme você vai passando pra ver se tem o dinheiro, senão tem que esperar", diz a pensionista Elizabete Silvano Machado.


Em alguns casos, a opção para os moradores de Bom Sucesso é ir até a agência do Banco do Brasil em Lavras, a 40 quilômetros de distância.

"O dinheiro acaba, a gente tem o dia dos compromissos, tem que lá conversar e esperar", diz a aposentada Zuleica Vieira.

Quase cinco meses depois do ataque, as janelas e portas da agência ainda estão com tapumes de madeira. Segundo os clientes, a agência do Banco do Brasil voltou a atender na semana passada, mas apenas estão sendo feitos serviços como desbloqueio de cartões e abertura de contas, serviços que não envolvem dinheiro.

"Cidade sem o banco, sem dinheiro, quem tem conta no Banco do Brasil fica sem ter dinheiro, senão você perde o dia de serviço nos Correios esperando uma pessoa depositar pra sacar", diz o vigilante Wellington Pereira.


Em nota, o Banco do Brasil disse que precisa cumprir requisitos de licitação para contratar projetos arquitetônicos e de engenharia para que as obras nas agências danificadas sejam feitas.

Fonte: G1 Sul de Minas